Capítulo 5

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Tudo vai ficar bem, você é uma garota forte — Um sorriso lindo e brilhante com uma voz tão doce.

— Mamãe…quando vou poder comer arroz? — falo brincando com as bonecas de pano feito a mão.

— Assim que eu conseguir falar com o papai — diz sorrindo.

Ela está machucada e com o olho esquerdo inchado e roxo, seus braços estão marcados com vergões roxos e sua boca está com sangue seco.

— Mamãe, você é linda..... muito linda — passo as mãos em seus cabelos castanhos que iam até a cintura, estavam desgrenhados e ressecados, mas isso não ofuscava sua beleza e nem seus machucados.

— Você também… minha menininha — ela chora afundando seu rosto em meu pescoço.

Ela era uma linda mulher de cabelos castanhos avermelhados, olhos castanhos só que claros, sua pele era bem pálida e suas bochechas e lábios rosa, ela era linda de qualquer jeito.

Sua personalidade forte e protetora a deixavam mais selvagem e deslumbrante, mesmo usando os trapos das putas que meu pai trazia para casa.

— Mamãe, canta a minha música para dormir… — falo bocejando.

Me aconchego em seus braços no chão frio.

Entre a escuridão
A Lua vem brilhar
Mostrando o caminho
Para dançar
A mais bela princesa
A mais bela bailarina
Dança sobre a mata
Sobre a grade colina
As estrelas cantam e outras dançam.
Fazendo uma grande ópera se formar…

As batidinhas em minhas costas no ritmo da música fazem meus olhos pensarem e durmo.

                 
                   ~•~•~•~•~•~•~

Uma pequena lágrima escorre na lateral de meu rosto quando acordo, meu corpo está um pouco dolorido por conta do que aconteceu, mas o restante dos machucados iam desaparecendo.

— Finalmente acordou, senhorita — Diz Alice trazendo um copo de leite e uns pães e bolo, ver aquilo na mão dela fez meu estômago gritar de fome.

— Obrigada… é... — Agradeço envergonhada. Queria perguntar se ela estava se sentindo bem, pois havia chorado antes.

— Não precisa agradecer, fiquei preocupada com a senhorita…dormiu por três dias inteiros — diz em um suspiro cansado.

— C-como? Três dias? — eu realmente estava péssima ao ponto de meu corpo pedir para morrer por três dias.

— Sim, está se sentindo bem? Parecia ter um pesadelo — diz colocando as coisas na bandeja em cima da cama.

— Eu apenas… não foi nada de mais — pego o leite e o pão e começo a comer.

Mergulho o pão no leite puro e taco na boca comendo com gosto, fazia tempos que não fazia isso.

Alice me olha pasma.

— O que foi? — pergunto com a boca cheia.

— Ha…por que faz isso com o pão? — Diz pegando um guardanapo para limpar o leite que escorreu pelo meu queixo.

— O quê? Nunca fez isso? — faço novamente o mesmo.

Ela fez uma careta estranha, e depois saiu resmungando para ter modos enquanto como.

“Para que ter modos se não tem ninguém aqui?"

Dou de ombro e continuo a comer. Ia colocando o último pedaço de pão na boca quando a porta se abriu.

Sequestrada por um Dominador        Where stories live. Discover now