[ Shortfic ]
Park Jimin cresceu acreditando que teria um futuro incrível e que conquistaria o mundo.
E de certa forma, teve.
Procurado em vários países por furtos em obras de arte e suas excelentes fugas, o ladrão colecionava inimigos. No entanto, J...
Primeiro: nem tudo é o que parece, vá com calma, Hnn?
Segundo: Obra +16, sendo inapropriado para menores, cês sabem, né?
NÃO É SAD!
Terceiro: não xinguem a autora ❤️
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Museu do Louvre - Paris. 08:19PM
Estou parado há bons minutos diante de uma parede branca repleta de quadros. Eles, em sua maioria, possuíam rabiscos disformes com certo significado, mas eu, com meu modesto entendimento sobre, apenas os encarava com uma feição indecifrável. Aquela obra em questão poderia simbolizar muita coisa, ou, na pior das hipóteses, era só um montante de rabiscos desproporcionais.
Não era feio, era só... confuso.
Contudo, diferente de mim, creio que muitos a digerem deliciosamente.
- Suponho que não seja um amante de artes! - Uma voz desconhecida ecoa ao meu lado, curioso, giro o rosto em câmera lenta para saber de quem era. - Estou errado?
O rosto simétrico e esguio, com uma boca delineada em um riso despretensioso que me pareceu inapropriadamente chamativa para o momento. Os fios vermelhos escarlates cobriam parte de sua testa e repousavam sob seus cílios que, por sua vez, escondiam os olhos. Abro minhas pálpebras em movimentos sutis, mostrando-me indiferente ao contato inesperado, mas devolvo um leve acenar de cabeça transparecendo simpatia.
- Pelo visto meu esforço para demonstrar o oposto não valeu de nada. - brinco um pouco descontraído e volto a olhar para a frente, colocando as mãos nos bolsos.
Ele solta uma risada.
- A arte é mais bem apreciada quando vista pelos olhos do coração. - comentou, levando os dedos pequenos e gorduchos até a tela, deslizando com eles como se o fizesse com todo o cuidado.
Ouço um dos meus colegas falar no ponto auricular.
"Está tudo bem aí JK?"
Disfarço com uma tosse, levando a mão a boca e respondo:
"Sim, tudo certo!"
Finalizo com um pigarro, voltando a colocar a mão no bolso.
O cara voltou a me olhar com curiosidade e um quê de desconfiança, mas aos poucos seu entusiasmo e encantamento pelas obras retornaram e ele sorriu, parecia em outro mundo.
A aproximação dele foi estranha, confesso, no entanto, não posso julgar já que estamos na cidade do amor, em uma exposição de arte que obviamente mexe com as emoções de qualquer pessoa.
