[ Shortfic ]
Park Jimin cresceu acreditando que teria um futuro incrível e que conquistaria o mundo.
E de certa forma, teve.
Procurado em vários países por furtos em obras de arte e suas excelentes fugas, o ladrão colecionava inimigos. No entanto, J...
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Tudo começou quando eu tinha apenas quatorze anos, bem no auge da minha adolescência e dos descobrimentos. No início, eram pequenos furtos em lojas do bairro de objetos sem muito valor e que quase ninguém dava falta. Mas como tudo na vida, a adrenalina e a sensação de euforia me viciaram como uma droga. Então comecei desejar coisas maiores e de mais valor, mesmo que não precisasse de dinheiro. Na verdade, eu só me sentia bem comigo mesmo quando praticava os roubos, o que era bastante problemático.
Porém, a minha primeira experiencia com obras de artes foi em um passeio da escola dois anos depois. Os guardas se distraíram com uma confusão entre alunos que não foi motivado por mim, vale ressaltar, mas que me fez ter a chance bem diante dos meus olhos. Sabe, a oportunidade perfeita. O item em si não era grande e eu pude colocá-lo na mochila sem muita preocupação. Contudo, havia me esquecido de um pequeno, porém relevante detalhe, as câmeras. Elas estavam espalhadas por todos os cantos e poderia sim, ter me flagrado cometendo o ato. A minha sorte foi que, por causa do excesso de pessoas, a câmera em si não conseguiu focar no ladrão que no caso, era eu. Por isso, depois deste episódio, percebi que deveria ser muito mais cuidadoso se quisesse manter este hobby ou passaria o resto da minha vida atrás das grades.
Mas, depois que se torna um policial, descobrir os pontos cegos das câmeras de todos os lugares não é a coisa mais difícil, tampouco desbloquear o sistema de alarmes, então a partir daí meus roubos foram apenas o sucesso.
Mas eu precisava de um disfarce, obvio!
Então me dediquei, ano após ano, para ser o melhor policial investigativo da minha região e claro, sem deixar de lado minha paixão por coisas erradas.
Até que uma denúncia apareceu...
Alguém dizendo ser eu... Aquilo me deixou tão puto!
Como alguém poderia se beneficiar de algo que eu levei tanto tempo para conquistar?
Eu era o ladrão de obras de artes procurado internacionalmente, mas também era o policial responsável por prendê-lo.
Que coisa, não?
Só que naquela noite, você, sei lá, de alguma forma me deixou tão fissurado que nem me importei com nada a mais. Claro que isso mudou um pouco depois do chute no saco. Foi muita humilhação, mas, aquilo serviu para dar continuidade com meu plano, porque eu só queria conhecer a pessoa por trás daquela mentira. Queria saber quem era o louco se passando por mim a fim de se aproveitar de uma fama que não lhe pertencia. Depois, foi muito fácil fazer você vir, sabe, contando com a sua decência como ser humano, sabia que ao descobrir o meu afastamento das minhas funções, rapidamente viria me procurar.
