Prometida ao mafioso

Capítulo 1

Martina Fontana, 22 anos.

Martina Fontana

Dou o último soco no saco de pancadas e pego minha toalha para secar o suor, hoje o dia foi terrível precisava descontar a minha raiva em algo.
Há uma semana meu pesadelo se tornou realidade, meu pai me comunicou que meu noivado oficial será hoje. Não conheço pessoalmente o meu noivo, mas desde que nasci "pertenço" a ele. Eu acho uma grande palhaçada essa porra, mas sou da máfia, então não tenho nenhuma outra opção. Nós mulheres que nascemos na máfia temos que nos preocupar apenas em sermos uma boa esposa, porém eu nunca quis ser assim, então desde criança eu treino, sou boa lutadora e uma ótima atiradorada, isso seria super mal visto se mais alguém além da minha mãe e meu pai soubessem, mas eu realmente não me importo, não faço o tipo donzela em perigo, nada contra, porém gosto de eu mesma ter o controle de resolver a situação.
Conheço o meu noivo por fotos e notícias, e não fiquei animada com nada do que vi, todas elas o retratavam como o ceo frio, o ceo mulherengo e mais um monte dessa mesma merda. Ele é ceo de uma grande empresa, que claro é faixada para tudo ilegal que ele faz pela máfia. Porém bonito ele é, alto deve ter mais de 1.90, moreno dos olhos azuis, um pedaço de mau caminho, mas é um ordinário.
Meu pai era o segundo em comando da máfia na época em que o pai do meu noivo comandava, eles são melhores amigos, por esse motivo desde que nasci eles decidiram juntar nossas famílias através do casamento. Apesar disso, nós nunca nos conhecemos pessoalmente, pois nunca compareci a nenhuma das festas ou eventos da máfia, não via necessidade e também queria adiar ao máximo conhecer a família Bernardi.
Saio da academia e sigo pra casa, que é na mesma propriedade, por conta do risco que sempre corri por "pertencer" a ele, praticamente não saio e pra todos ao lados que olho tem um segurança, tanto da minha família quanto da dele.
Assim que entro em casa, vejo minha mãe descendo as escadas.

•Andrea Fontana• (Mãe da Martina)

- Filha, vá se arrumar, nós sairemos em duas horas. - ela diz se aproximando de mim.
- Eu sei mãe, já estava indo fazer isso.
- Amor, eu sinto muito por isso, sei que queria algo completamente diferente para a sua vida.
- Eu sei mãe, e a culpa não é sua. Você e o papai me deixaram fazer muitas coisas que é mal visto pela máfia as mulheres fazerem, sei que sobre o casamento seria ele ou qualquer outro homem da máfia e que eu não poderia opinar.
- Te amo Borboletinha. - ela diz vindo me abraçar.
- Eu também te amo, mamãe.
Ela me solta e subo para o meu quarto, entro e sigo para o banheiro, queria um banho de banheira, mas por ter treinado preciso lavar os cabelos, então vou para o chuveiro.
Após o banho seco os cabelos e decido deixa-los soltos e faço uma maquiagem. Sigo para o closet, pego um vestido vermelho justo longo com uma enorme fenda, sandálias douradas de salto alto, passo perfume, pego uma bolsa de mão que caiba minha glock e estou pronta.

Desço para a sala e encontro meu pai. Ele vem até mim e beija minha testa.

•Mattia Fontana• (Pai da Martina)

- Está linda princesa. - ele diz.
- Você também está lindo, papai.
Minha mãe desce as escadas em seguida e meu pai vai até ela. Dá um beijo casto em seus lábios.
- Juro que há cada dia você está mais linda. - ele elogia a minha mãe. Fico observando e espero que o meu casamento também seja assim. É nítido o quanto eles se amam.
Mamãe vem até mim e também me dá um beijo na testa.
- Você está linda, Borboletinha.
- Você está maravilhosa, mãe.
Meu pai vem até nós e cada uma entrelaça o braço ao seu e seguimos para o carro.