Capítulo 28

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Filippo Bernardi

Passaram-se algumas semanas e as ameaças continuaram e agora com mais frequência, estou tão preocupado que desde que voltamos da Grécia a Martina praticamente não saiu de casa e sempre que o fez estava comigo e vários guardas, as pessoas ainda não sabem da sua gravidez, somente nós da família, estamos seguindo pistas e tentando descobrir quem está por trás disso e assim que descobrir, não vai ser bom para ele.

Estava em uma reunião estou voltando para casa, não tenho me afastado muito da minha esposa com tudo isso acontecendo, tenho trabalhado de casa, somente em casos específicos como o de hoje que a tenho deixado sozinha.

Assim que chego já subo para o nosso quarto para procurá-la e ela não está, desço e pergunto para o Luca que ficou aqui com ela, não confio em nenhum dos seguranças, não mais.

- Onde está a Martina?

- Não está lá em cima? - ele diz tenso.

- Não, acabei de vir de lá.

Saio para a parte dos fundos da casa e a vejo em uma das espreguiçadeiras da piscina tomando sol, relaxo instantaneamente. Vou até ela que está com os olhos fechados e deposito um beijo em sua testa.

- Você me assustou. - digo. Ela abre os olhos e me olha confusa.

- Como assim? Eu quem deveria ter me assustado com você chegando assim tão de repente.

- Te procurei pela casa e não encontrei.

- Você está muito paranoico amor, nada vai acontecer comigo e o Luca estava de olho em mim o tempo todo.

- Mesmo assim, fico tenso e preocupado quando tenho que sair e te deixar aqui sozinha.

- Ow meu Deus, vem aqui. - ela diz abrindo os braços para mim, vou até ela e me deito ao seu lado na espreguiçadeira.

A Martina é uma esposa tão maravilhosa e mesmo com tudo que estamos passando continua destemida e me apoiando, mas se tudo correr como o planejado em alguns dias terei o filho da puta que está nos causando tudo isso em um galpão, onde com toda certeza ele irá se arrepender de ter se quer pensado na minha mulher.

- Você tem estado tão tenso. - ela diz acariciando os meus cabelos.

- Claro que estou, essa vida já é estressante e perigosa com todos os inimigos que já tenho, agora com esse maluco atrás de você, não consigo relaxar nem um segundo.

- Nada vai acontecer comigo, vamos pegar esse filho da puta.- concordo e começo a acariciar sua barriga.

- E esse neném, como está? - pergunto igual a um pai babão, que a Martina jura que sou, mas não há nada que eu não faça por minha mulher e meu filho, então aceito tranquilamente ser chamado de babão por ela.

- Está bem, causando muitos enjoos na mamãe. - olho para ela preocupado, essas primeiras semanas tem sido difíceis para ela, tem tido muitos enjoos, cansaço e não está se alimentando direito.

- Vou marcar uma consulta para você essa semana. - digo.

Um médico da minha confiança está acompanhando ela, vem aqui em casa uma ou duas vezes por semana, mas vou marcar para irmos a clínica para que ela possa fazer todos os exames que precisa.

- Isso não é necessário, o médico já disse que isso é normal, ele está sempre aqui fazendo o acompanhamento.

- Eu sei, mas ele também disse que precisa fazer alguns exames na clínica. - digo.

- Ok, mas não vai ser perigoso? - pergunta um pouco apreensiva.

- Organizarei tudo, vou garantir que a clínica só esteja atendendo você, sem nenhum outro paciente e iremos com muitos seguranças.

- Ok amor, só não quero que nada aconteça com o nosso bebê.

- Não vai, eu sempre vou proteger vocês dois. - beijo-a e continuamos deitados na espreguiçadeira nos acariciando e conversando sobre o nosso neném.

...

Dois dias depois estou com tudo programado para a consulta da Martina, quando chega o horário vou até o quarto para ver se ela já está pronta, assim que entro vou até o nosso closet onde a vejo parada em frente ao espelho acariciando a barriga que começou a aparecer, sigo até ela e a abraço por trás beijando seu pescoço e acariciando sua mão.

- Está na hora de irmos.

- Já estou pronta, só vou colocar um vestido e sandálias.

- Qual vestido? - pergunto e ela aponta para um que estava separado dos demais. - Vou vestir você. - e assim o faço, também ajudo-a a colocar uma rasteirinha, saímos do closet, pego sua bolsa que estava em cima da nossa cama, entrelaço nossas mãos e descemos.

Do lado de fora de casa está uma verdadeira escolta, serão quatro carros fazendo a nossa segurança, o meu irmão irá dirigir o nosso e ao seu lado está o meu melhor amigo. Assim que entramos a Martina sorri para eles.

- Oi cunhadinha. - Luca pega o rádio e dá as ordens para que dois carros vá a nossa frente e dois atrás de nós. Assim seguimos para a clínica.

Assim que chegamos ficam guardas na frente da clínica e somente meu irmão e o Pietro nos segue até a sala, ultimamente são os únicos dos meus guardas em que eu confio. Eles ficam na porta e eu entro com a Martina.

A enfermeira tira sangue da Martina e sai, logo o médico entra.

- Olá papais, animados para ver o bebê?

- Eu estou morrendo de animação. - a minha esposa responde e conseguimos sentir a sua animação pelo tom.

- Provavelmente não conseguiremos saber o sexo ainda. - diz o médico.

- Tudo bem, só queremos vê-lo e descobrir se está tudo bem.

- Ótimo, vamos começar.

Ele instrui a Martina a se deitar e a levantar o vestido para que possa passar um gel em sua barriga, pouco depois ele começa a passar o aparelho da ultrassonografia em sua barriga. Ficamos olhando para a tela igual dois idiotas, mesmo sem entendermos nada do  que estamos vendo.

- Vou colocar para vocês ouvirem o coração. - o médico diz e assim que o barulhinho do coração do nosso filho ressoa pela sala a Martina aperta ainda mais a minha mão,  que está segurando desde que entramos na sala e vejo uma lágrima escorrer, com a minha mão livre seco sua lagrima e beijo a sua testa.

- Eu te amo, e quando penso que não posso amar mais, você se supera. - digo a ela.

Ela vira uma bagunça chorosa.

- São os hormônios da gravidez, não sou assim tão emotiva. - diz fungando.

- Sei. - digo estreitando os olhos. Me viro novamente para o médico que estava focado no monitor. - Está tudo bem com o bebê e a Martina? - pergunto.

- Tudo ótimo,  vocês terão uma menina linda e saudável. - eu congelo com a sua fala.

- Menina? Pensei que não fossemos conseguir ver o sexo do bebê. - Martina diz.

- Aconteceu de terem sorte. - responde o médico, e eu saio do meu estupor.

- Eu vou ser pai de uma menina? - digo ainda sem acreditar.

- Sim, parabéns.

Sorrio e olho para a Martina perplexo.

- Como você sabia que teríamos uma menina? - pergunto.

- Vamos chamar de intuição de mãe. - responde e eu a beijo, sem conseguir me conter de felicidade.

Depois de tudo pronto seguimos para o carro para irmos para casa, seguimos com o mesmo esquema de quando viemos, estamos quase chagando em casa quando Pietro saca a arma e me olha.

- Estamos sendo seguidos. - ouço o barulho de alguns tiros e saco a minha arma, esses filhos da puta.

Prometida ao mafioso Onde as histórias ganham vida. Descobre agora