Capítulo 25

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Martina Bernardi
Passaram-se alguns dias desde que recebi a mensagem e nós temos dois suspeitos, os quais estamos investigando mas até agora nada. Chegou o dia da nossa viagem para a Grécia e isso me traz um pouco de animação, pois tem sido dias tensos.
Fecho a minha última mala, vamos ficar lá apenas uma semana, mas sou indecisa e prevenida, então estou levando mais coisas do que seria realmente necessário. Deixo as minhas malas no quarto, sigo para o banheiro, preciso de um banho antes de irmos.
Saio do banheiro após alguns minutos, assim que entro novamente no quarto vejo o Filippo sentado em uma das poltronas com o seu típico terno, porém sem o paletó, com alguns botões da camisa abertos e um copo de whisk. Porra de homem gostoso. Não sei se sou afortunada ou infeliz em ter um marido assim, fico bem estressada quando vejo os olhares das mulheres em cima dele, porém não posso culpá-las.
- Pensei que fosse me esperar para tomarmos banho juntos. – ele diz se levantando, coloca o copo de whisk agora vazio em cima da mesa e vem até mim.
Antes que eu possa responder ele já me agarrou e tomou os meus lábios com os seus, é um beijo calmo, atípico dele, mas sinto o que ele está tentando me transmitir, amor e confiança, ele tem percebido como toda a situação com o meu perseguidor tem me abalado.
- Se fossemos tomar banho juntos, não iríamos sair do banheiro por tão cedo e já estamos quase atrasados. – digo me afastando. – Agora deixe eu ir me arrumar.
Vou para o closet, após alguns minutos ouço o som do chuveiro. Me arrumo bem rapidinho, quando volto para o quarto o Filippo já saiu do banho e vai para o closet se vestir. Assim que ele está pronto, saímos e seguimos para o aeroporto.
...
Algum tempo depois pousamos na Grécia, é um pouco menos de duas horas o voo da Itália para cá, sempre tive vontade de conhecer, mas nunca tive tempo nem oportunidade para isso, apesar da minha família ser muito rica, ser da máfia não me dava liberdade para fazer as coisas das quais tinha vontade.
Olho para o Filippo que está em sua poltrona ao meu lado, estamos aguardando para desembarcar, fico o encarando por um tempinho enquanto ele está distraído no celular, penso em como sou sortuda por tê-lo como o meu marido, em como estava apreensiva antes de conhece-lo, por todos os boatos que chegavam até mim ao seu respeito, fico feliz por ter estado enganada, não consigo pensar em outro homem que eu poderia amar, assim que penso isso me toco de que realmente o amo, com todo o meu coração, acredito fielmente que nós dois somos ótimos juntos e não existiria ninguém que fosse melhor para estar aqui ao meu lado. Levo minha mão até a sua que não está segurando o celular e entrelaço nossos dedos, assim que o faço ele se vira para mim e abre o seu sorriso que toda vez faz meu coração errar uma batida.
- Já podemos desembarcar, pronto? – pergunto a ele.
- Para tudo. – responde, inclina seu rosto até o meu encostando seus lábios nos meus em um beijo rápido.
Descemos do nosso Jatinho indo direto até uma SUV preta que está nos aguardando, assim que entramos o motorista começa a dirigir, penso então que já devem ter tirado nossas malas do avião e as colocado no portas malas.
Deito a minha cabeça no ombro do Filippo e começo a aproveitar toda a paisagem estonteante que está passando pela minha janela, com um sorriso que se recusa a deixar o meu rosto, em certo momento me viro para olhar o rosto do Filippo e o vejo me encarando com um sorriso bem parecido.
- Você está perdendo toda a paisagem. – digo.
- Não estou não. – diz ainda me olhando. Sinto meu sorriso se alargar um pouco mais, se é que isso é possível e me viro novamente para a janela.
Chegamos a mansão que arrematamos no leilão e não consigo conter o meu deslumbramento, a mansão é ainda mais linda do que eu tinha imaginado, com uma vista de tirar o fôlego.
- Deveríamos ter uma casa aqui. – diz o Filippo pensativo.
- Por que? – pergunto.
- Porque quero ver essa sua expressão mais vezes, desde que desembarcamos você não parou de sorrir um só minuto. – diz vindo até mim me abraçando por trás.
- Seria perfeito termos uma casa aqui. – digo por fim e ficamos apenas olhando para a paisagem a nossa frente.
- Vamos para a praia, ou está cansada? – ele quebra o silêncio. – Podemos almoçar e passar o restante do dia lá, amanhã conhecemos a cidade.
- Ótimo, vou só me trocar.
- Ok, eu também.
Nós nos trocamos, coloco um biquíni vermelho simples e um vestido soltinho de verão. Prendo meu cabelo em um rabo de cavalo, pego um óculos de sol e estou pronta, jogo algumas coisas em uma bolsa e vou atrás do meu marido. Ele está na cozinha tomando água, olho ele de cima a baixo.
- Pelo visto terei muitos problemas hoje. – resmungo.
- Por que? – ele diz se virando para mim.
- Para manter as mulheres longe do meu homem. – digo fingindo mau humor.
- Besteira sua. – diz vindo até mim. – Vamos?
- Vamos. – ele pega a minha mão e seguimos para o carro, ele abre a porta do passageiro para mim, assim que entro a fecha, vai para o lado do motorista, entra e começa a dirigir.
Paramos em um restaurante, almoçamos uma comida deliciosa, depois seguimos para a praia.
Assim que chegamos vejo que está um pouco cheia, poderíamos ter ficado na praia particular da casa em que estávamos, mas eu queria conhecer mais desse lugar lindo. Algum tempo depois estou em uma espreguiçadeira com o Filippo aplicando protetor solar nas minhas costas. Logo que ele termina com as minhas costas segue para a minha bunda e pernas.
- Prontinho senhorita, vou dar um mergulho e já volto.
- Ok. – digo e o vejo tirando a camisa, ficando apenas com o short. – Pensando bem, talvez devesse colocar a camisa novamente.
- É tudo seu. – ele diz dando uma piscadela, me dá um beijinho e vai para o mar.
Decido que é melhor não olhar as mulheres o cobiçando, por isso fecho os olhos e fico tomando o meu sol sem estresse.
Após algum tempo ele volta, se deita na espreguiçadeira ao meu lado, ficamos apenas deitados por um tempo, depois vamos os dois para o mar e assim passamos o restante da nossa tarde. Quando estamos voltando para casa, peço para que ele passe na farmácia.
- Não está se sentindo bem novamente? – ele pergunta.
- Apenas dor de cabeça, me espere aqui no carro que já volto.
Entro na farmácia, compro o que preciso e volto para o carro.

Prometida ao mafioso Onde as histórias ganham vida. Descobre agora