Capítulo 21

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Aron

Mariana era uma menina diferente de todas as mulheres que experimentei, apesar de gostar das obedientes, nenhuma delas tinham esse poder sobre mim. Um poder ao qual não possuía controle nenhum, sempre soube o que fazer, mas perto dessa garota chamada Mari, não compreendia. Meus instintos a queriam, meu corpo não me obedecia, minha mente era rendida a essa menina em forma de mulher.

Nada me afetava como ela conseguia me desestabilizar, a forma que tentava me enfrentar, a maneira que queria descobrir as coisas, as birras, manias, tudo que vinha da mesma era motivo para admirá-la. Há pessoas que possam insinuar em estar apaixonado, porém, eu afirmo, não estou, na verdade não devo estar. Maxwell é meu amigo e isso de alguma forma me atingia, posso passar dos limites, ou até mesmo colocar barreiras para isso que esteja sentindo, mas a realidade era bem mais assustadora, principalmente para mim.

– Chegou cedo! – estranhou Thiago.

– Ross pediu para não me atrasar! – informei tentando não demonstrar o real motivo.

– É verdade mina de ouro, mas disse para ser Calius também! – disse Ross ao entrar no galpão.

– Por que essa agitação toda? – questionou Max.

– Há muitos patrocinadores hoje, a arquibancada está lotada, muita gente, muitos olhos e muita grana! – avisou Ross.

– Então o que quer de nós? – perguntou Thiago.

– O melhor, sempre! – ele sorriu.

– Isso conseguimos de letra! – falou Max.

– Certo! Então hoje é diferente, é especial, também tenho algo para dar a vocês! – informou Ross pegando uma sacola.

– Presente? Isso é novidade, igual Aron chegando cedo! – Thiago parecia confuso.

Sorri em resposta, se eles soubessem o real motivo da minha pontualidade com certeza achariam que estivesse surtado, apesar de acreditar que esteja. Não era para tanto, ao menos acredito que não.

Ross aproximou-se trazendo três máscaras de pano, no qual conseguimos ver apenas nossos olhos, duas brancas e uma azul, ele me entregou a azul e as outras duas para os meninos.

– Que novidade é essa? – perguntou Max.

– Hoje o percurso está pouco iluminado, nada de capacete, não quero nenhum de vocês espatifado no chão, Deus me livre, então usem isto e, por favor, meninos, cuidado com a pista! – alertou preocupado.

– Ross pareceu uma menina! – riu Max.

– Larga de besteira o garoto, me importo com vocês! – disse com sinceridade.

– Se importa com o dinheiro que sabemos. – afirmou Thiago.

– Nunca neguei e vocês estão cientes disso! Mas isso não quer dizer que não me importe, porque sim, me importo! – disse Ross como resposta.

– Eu sei bem! – falei.

– A corrida começa daqui alguns minutos, quero os dois no final nesse mesmo prédio. Já Aron, preciso de você na garagem do prédio cinco antes desse! – disse sério.

– Porque esse preconceito? – questionou Max.

– Tenho um patrocinador que quer conhecê-lo! – informou me encarando.

– Ver meu rosto? – arregalei meus olhos. – Não! Isso é perigoso. – não o deixei responder.

– E se for um jornalista disfarçado? – disse Max.

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