ㅡ Então, Murphy. ㅡ Sr Howard falou enquanto abria a garrafa de vinho. ㅡ Sempre morou aqui em Nova Iorque?
ㅡ Na verdade... não. Eu morava em Carolina do Norte com a minha mãe, meu irmão e minha irmã. ㅡ Respondo-o.
ㅡ Aquela que te marcou no comentário? ㅡ Me encarou com um sorriso travesso fazendo-me arregalar os olhos e sentir minhas bochechas corando ao me lembrar disso.
ㅡ Er... sim. ㅡ Abaixo minha cabeça para que ele não me visse corada. ㅡ Ok, voltando ao assunto. Eu morava na Carolina do Norte, com a minha família.
ㅡ Em que lugar em Carolina do Norte? Ela é grande. ㅡ Ele riu.
ㅡ Charlotte. ㅡ Falei pegando a minha taça. ㅡ Tenho que admitir que morar em Charlotte tem suas vantagens.
ㅡ Eu já fui muitas vezes lá. Por que a gente nunca se cruzou? ㅡ Me encarou com... aquele olhar.
ㅡ Talvez, naquela época, não era para ser. ㅡ Dou de ombros.
ㅡ Boa resposta. ㅡ Ele sorriu pegando sua taça também. ㅡ Mas por que Nova Iorque, Murphy?
ㅡ Para ser sincera, eu não sei. ㅡ Dou um gole no vinho, em seguida olho para ele. ㅡ Sempre que eu olhava todo mundo dizendo sobre a famosa Nova Iorque, essa maravilha que é, a Estátua da Liberdade, Manhattan, Empire State Building. ㅡ Ele me encarou com a sobrancelha arqueiada assim que eu falei. ㅡ Sim, o Empire State Building. ㅡ Ri. ㅡ A Central Park, teatro da Broadway e a Times Square. Na verdade, acho que vim para cá mesmo porque todo mundo diz que aqui é... ㅡ Ele me interrompeu.
ㅡ Onde os sonhos se realizam. ㅡ Ele completou me fazendo olha-lo. ㅡ A maioria das pessoas vem por isso, mas é bom. Na real eu nunca acreditei nisso, mas para as outras pessoas isso pode ser um impulso para ter coragem e atitude para realizar seus sonhos. ㅡ Explicou. ㅡ Não é Nova Iorque que realiza os sonhos, é nos mesmo que batalhamos muito para isso.
Enquanto ele falava eu me perdia completamente naquela imensidão que era o brilho do seu olhar. Gente, como pode ser possível isso?
Começar a gostar de alguém assim em menos de uma semana? Sem saber? Sem sentir? Bom, eu senti coisas estranhas toda vez que acontecia algo entre a gente. Mas por que eu não senti absolutamente nada para saber que eu estava gostando dele?
ㅡ Nossa... ㅡ Ri voltando a tona. ㅡ Isso aconteceu com você, Sr Howard? Consegui realizar o seu sonho?
ㅡ McKinsey & Company? ㅡ Ele riu em seguida. ㅡ Essa empresa não era o meu sonho, de verdade. Era... o sonho do meu pai.
ㅡ Do seu pai?
ㅡ Sim. ㅡ Assentiu. ㅡ Ele queria uma empresa grande, onde todo mundo pudesse ser feliz trabalhando. Mas... ele nunca me perguntou o que eu realmente queria.
ㅡ Por que?
ㅡ Eu não sei. ㅡ Ele deu de ombros. ㅡ Talvez ele estivesse medo que eu terminasse como ele.
ㅡ Terminasse como? ㅡ Encaro-o esperando que ele continuasse.
ㅡ Bom... ㅡ Ele abaixou a cabeça parecendo não está a vontade de falar isso.
ㅡ Ei. ㅡ Levo minha mão até a sua fazendo o mesmo me olhar rapidamente. ㅡ Sei que você não está a vontade e nem pronto para falar sobre isso. Mas eu quero que saiba que eu vou está aqui quando você tiver pronto, e mesmo se não quiser contar eu vou entender porque é um assunto seu. ㅡ Um sorriso carinhoso se abriu em meus lábios olhando o mesmo nos olhos. ㅡ Pode contar comigo, Sr Howard.
ㅡ Obrigada, Srta Murphy. ㅡ Ele olhou em meus olhos enquanto um sorriso se abria em seus lábios. ㅡ Obrigada, de verdade. Você ta sendo uma ótima amiga para mim.
ㅡ Você também. ㅡ Ele olhou para a nossas mãos juntas, em seguida voltou a olhar para mim. ㅡ E não precisava agradecer.
ㅡ Precisa sim. ㅡ Ele riu. ㅡ Muito obrigada. ㅡ De novo, continuamos nos encarando como se nada tivesse ao nosso redor.
Parecia que tínhamos ido em lugar diferente naquele momento, mas eu não me importava. Eu não estava ligando, eu apenas continuava encarando ele.
Enquanto sorriamos um para o outro o meu coração acelerava, e nesse momento eu tive a certeza dos meus sentimentos.
Eu estava começando a gostar dele de verdade.
[...]
ㅡ Então é aqui que nos separamos. ㅡ Falei assim que chegamos na frente do hotel que eu morava. ㅡ Obrigada pela carona, Sr Howard.
ㅡ Não agradeça. Merecia depois do sacrifício que esteve ao me aguentar em um jantar sem parar para descanso. ㅡ Ele riu.
ㅡ Não foi sacrifício. Na verdade... ㅡ Dou um passo para frente juntando minhas mãos na frente do corpo sorrindo tímida. ㅡ Foi um prazer jantar com o senhor.
ㅡ Eu lhe digo a mesma coisa, Murphy. ㅡ Ele deu um passo na minha direção ficando a centímetros perto de mim. O que eu fazia? Eu não sabia como explicar, mas eu queria. Queria e muito. ㅡ Adorei o nosso jantar.
ㅡ Eu também. ㅡ Respondo em seguida. ㅡ Amanhã a gente se ver? Temos que ir no jogo de hockey.
ㅡ Eu sei. ㅡ Ele assentiu. ㅡ Só fui uma vez que eu não gostei, porque fui obrigado. Mas com você eu vou.
ㅡ Mesmo? ㅡ Sorrio de ladinho.
ㅡ Mesmo. ㅡ Ele balançou a cabeça concordando sorrindo também. ㅡ Até amanhã, Srta Murphy? ㅡ Não falei nada enquanto eu estava paralisada olhando em seus olhos. De novo? Pois é, de novo.
Mas não tinha como não paralisar olhando para ele, era... impossível. Mas um impossível bom, ainda mais depois de ter certeza dos meus sentimentos.
Fico na ponta dos pés com um sorriso, me enclinando para beijar a sua bochecha.
ㅡ Até amanhã, Sr Howard. ㅡ Dou o último sorriso para o mesmo antes de virar as costas para entrar no hotel. E é óbvio que eu estava sorrindo bobamente.
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Meu Romance Secreto
RomanceApril Murphy é uma garota delicada que sempre se dedicava ao trabalho... espera. Essa não é a April de verdade. A palavra delicada e April NUNCA estiveram na mesma frase. Realmente a sua personalidade era ser desastrada demais, quebra tudo que ver...