Cruel - Saida Short Fic [Twice]

I'm just doing all the things that you do

Partiuuu fml?

Dahyun não sabia que diabos estava fazendo ali, mas precisava se certificar que Sana cumpriria pelo menos a parte que iriam conversar.

Assim que desceu do táxi que a própria japonesa chamara, ela se achou a maior trouxa de todos os tempos. Olha só para aquela casa! Em que diabos estava pensando ao cogitar que Minatozaki Sana poderia ser sua um dia?

Kim Dahyun era filha de dentistas, a profissão mais odiada da Coréia do Sul. Nunca faltara nada em sua mesa e seus pais se esforçava para dar tudo do melhor para sua filha, mas nada se compararia a vida de Minatozaki Sana, a filha única de uma família de advogados renomados no mercado. Minatozaki Daishi era muito respeitado mesmo sendo um japonês em plena Coréia do Sul e com certeza amava sua preciosa filha acima de qualquer coisa. Sabia que poderia ter chances de alguma hora ou outra ser aceita como namorada de sua filha por ele. O Sr. Minatozaki não era totalmente conservador. Bom, não pelo o que Sana dizia. Mas com certeza não ia gostar de ter uma filha de dentistas sentada à mesa com sua preciosa filha.

- Dahyun?

Sana abrira a porta um pouco receosa. 

Era óbvio que a Minatozaki sabia que Dahyun tinha chegado pois tinha chamado o taxi pelo kakao. Dahyun se sentiu idiota por ter sido pega hesitando daquela forma. 

Minatozaki Sana estava visivelmente desconfortável com a feição inexpressiva que Dahyun carregava, e suspirou fundo quando Dahyun nada disse, entrando na casa sem ao menos olhar para o rosto da japonesa.

- Dahyun, está tudo bem? - Sana tentou mais uma vez num fio de voz depois de fechar a porta.

Dahyun riu e tocou o meio de sua testa irritada.

- Tudo bem, Sana? Tudo bem?

A japonesa engoliu seco e se encolheu.

- A-acho que precisamos conversar - a estrangeira começou e Dahyun grunhiu.

- Claro que precisamos conversar, Sana! O que mais precisamos é conversar! Qual o seu problema? - Dahyun disse num fio de voz e se odiou por não conter as lágrimas que teimavam em sair.

- Você queria que eu fizesse o que? - Sana esbravejou irritada.

Ao contrário da forma passiva-agressiva da coreana com seu tom baixo e cortante, Sana era totalmente reativa e explosiva. A japonesa não chegava a gritar, mas o tom era um pouco mais fino e rude, carregado de seu sotaque natal, demonstrando que ela realmente estava irritada.

- Sana, ele te beijou, cara! Na minha frente e na frente da escola toda! - Dahyun disse baixinho, devolvendo o olhar irritado da japonesa.

Sana trincou o maxilar e ficou em silêncio por longos segundos sem quebrar a troca de olhares raivosos.

"Ela não teria a audácia de se justificar, teria?"

- Eu... Eu sinto muito - Sana disse suspirando.

"Oh!"

- Claro que você sente - Dahyun sentiu seu coração se despedaçar.

- E-eu tive uma ideia - Sana disse envergonhada e Dahyun revirou os olhos.

- Você é inacreditável - Dahyun disse rindo com escárnio e suspirou - Não quero saber das suas ideias Sana! Pelo amor de Deus - a coreana continuou entredentes.

- Eu não posso justificar o que fiz, Dubu! Eu tenho diversas razões para não ter dado um soco na cara do Yuta depois de ter me beijado sem meu consentimento, mas não é justo com você! Eu deveria ter pelo menos me afastado, mas eu travei. Eu realmente sinto muito - Sana disse com a voz embargada.