CAPÍTULO 69

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O próprio diabo estava em minha frente com um sorriso presunçoso e o sarcasmo exalando de sua pessoa.

Niklaus e Nikolai encaravam o mesmo com ódio, eles o odiavam, mas no fundo sabiam que não conseguiriam matá-lo.

- Não me diga que se esqueceu.

Ele se aproximou de mim tentando impor autoridade, eu revirei os olhos.

- Não que você não saiba, mas minha vida está um tanto quanto agitada.

- Claro que soube, traída não é? deveria estar acostumada com a família de merda que você possui.

Meu pai iria enfrentá-lo quando Daniel desceu as escadas e segurou o mesmo, odiava ver minha família em tal situação de inferioridade, queria poder acabar logo com isso.

Como uma casa simples com pessoas como os Weasley me fizeram sentir uma paz surreal e quando coloco os pés na mansão Krum, até a energia do lugar caótico me faz arrepiar.

Encarei o homem em minha frente.

- Vamos então. Disse sem pensar muito.

Meu pai deu alguns passos em minha frente e me encarou.

- Gabriele. Disse em tom de repreensão.

- Volto a noite para arrumar minhas coisas. Tentei sorrir sem mostrar meus dentes mostrando que estava tudo bem.

Se quer tive tempo de repensar em minha escolha, acredito esse ser o propósito dele quando nos aparatou de maneira rápida até a floresta de Bokova.

- Irei lhe apresentar a casa.

- Por que a visita tão repentina?.

- Porque após o ano novo iria buscá-la, não foi esse o combinado?. Ele dizia de maneira óbvia.

- Claro. Comecei a andar atrás do homem, quando o mesmo parou e passou seus olhos por mim.

- Achei que precisaria de novos ares.

Se quer consegui respondê-lo quando o mesmo voltou a caminhar rapidamente me fazendo correr como idiota.

Ele havia se preocupado?

Não seria possível.

Estava mais uma vez naquele lugar sombrio onde as pessoas lidavam com seus pecados como pequenos detalhes de suas vidas, talvez fosse a hora de deixar meus demônios sairem e conhecerem seu verdadeiro lar.

Eu gostava de pensar nos reinos como fases da morte, Assunssena o céu, Petrova o purgatório e obviamente Bokova como o árduo inferno.

Liderada literalmente pelo próprio diabo.

Era a segunda vez que pisava no palácio de Bokova, a atmosfera fazia todo meu corpo se arrepiar e meu estômago gelar, o lugar era divino e assustador ao mesmo tempo.

Ele me levou até a sala de estar onde se sentou em uma das poltronas e estendeu a mão para eu me sentar a sua frente.

- Então quer dizer que você se relaciona com traidores de sangue?.

- E você se importa ?.

- Obviamente não, se quiser se relacionar com um trasgo não será problema meu, por enquanto.

- Como por enquanto

- Quando souberem que você carrega meu sangue, gostaria que agisse como tal.

- Então assim como Elizabeth pretende me deixar como a garotinha perfeita.

Ele deu uma risada carregada de deboche e desdém, enquanto se levantava para encher dois copos de whisky.

- Quero que aja como a porra de uma suprema que você é, sem piedade ou envolvimentos com pessoas relativamente boas.

THE PETROVA KRUM || HogwartsWhere stories live. Discover now