Confronto Entre Pai e Filho

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-O que você quer, Masaru? - Kirishima cuspiu o nome dele, como se fosse invocar um demônio.

E bem, pelo jeito que todos se olhavam, parecia mesmo invocarem um.

-Então parece que você ainda anda com essas escórias - ele olhou para Bakugou, sua voz estridente e irônica - É por isso que você continua vivendo como lixo, olha pra você, nem parece um homem.

Bakugou continuou em silêncio, sua cabeça ainda mais baixa.

-Falando em homem... - ele pareceu procurar algo e eu me encolhi ligeiramente - Parece que o viadinho do Yunno não está mais com vocês... Ao menos isso! - ele gargalhou - Você finalmente ficou normal? - ele se virou para Bakugou novamente.

-Está tudo bem Kirishima, Denki. Por favor, vão embora, eu converso com ele - Bakugou finalmente falou, uma voz que eu nunca ouvi, não parecia sair dele, era fraca, baixa e medrosa.

-Oh não! Deixe eles aqui! Nada é melhor que falar do meu filho para a banda inútil que fez dele um delinquente! - sua voz gritava e ele tinha um sorriso, ele parecia ser um psicopata.

-Você não tem direito nenhum de falar isso- Bakugou grunhiu, deixando o rosto do homem sério e severo.

-O que você disse...?

-Eu disse que não é pra falar dos meus amigos - ele ergueu o rosto sério, revelando seus dentes, vermelhos de sangue.

-Eu sou o seu pai, e você não tem nenhum direito de falar comigo assim! Seu verme! - ele berrou sobre Katsuki - Vocês três são um bando de infelizes. Suas vidas... - ele pausou, voltando seu olhar para Bakugou - A sua vida, não tem importância nenhuma. Nem para mim, nem para ninguém.

-E você é um velho escroto que acha que era um bom pai! E aí a mamãe morreu e você se tornou o pior ser que existe! Só de você estar aqui já te torna pior.

Bakugou gritou, colocando tudo para fora enquanto Masaru o encarava. Uma expressão que beirava pena passou pelo rosto do homem, antes dele se aproximar do filho.

-Você não deveria ter nascido. Você é fraco. Não é, e nem chega perto de ser um homem de verdade, você fica perambulando pela cidade fazendo merda! - ele se inclinou sobre ele - E beijando outros homens... - Masaru completou, com uma expressão de nojo enquanto Bakugou desviou o olhar - Onde você espera chegar com isso?

-Agora você vai parar de falar com ele assim - Kirishima ergueu os ombros, se aproximando - Você não tem direito nenhum de estar aqui, e muito menos direito de o chamar de filho. Você não é pai, pais são homens que cuidam de seus filhos, e você não é isso - Kirishima bateu seu peito no de Masaru, olhando para cima e encarando-o com o rosto vermelho de raiva - Você não é isso nem no inferno.

Denki me puxou para trás, me dando um olhar gentil.

-É melhor ficar atrás de mim - ele cochichou, me escondendo de todos.

Enquanto Kirishima gritava com o adulto, o mesmo retribuía com reclamações e berros cada vez piores.

-Vocês são delinquentes! Vocês dois! - ele apontou para Denki e para Kirishima - E eu vou levar o fracote do Katsuki para os Estados Unidos para se tornar um homem de verdade. Eu até pensei em deixar ele se despedir, mas agora eu pensei melhor.

Kirishima abaixou os ombros, soltando a respiração enquanto Denki abriu a boca em descrença.

Atrás de todos, Bakugou o olhava com raiva, medo... Ele tinha sentimentos bagunçados e isso estava estampado em seu rosto, enquanto ele estava na mesma posição desde o início da discussão.

Afraid to Sing // BakudekuWo Geschichten leben. Entdecke jetzt