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***

Era a primeira vez que ele dormia tão mal em muito tempo. Diferente das outras noites mal dormidas, não poderia colocar uma música em seu último volume para abafar o som de seus pensamentos dessa vez.

Nesses últimos tempos, está ficando cada vez mais difícil de acordar e seguir o dia. Não consegue acordar diariamente e agradecer por isso. Não conseguiu mais ter o mesmo esforço para levar meu dia como antes. Sabe que não é saudável continuar no estado em que se encontra, mas estar nesta posição há tanto tempo acabou se acomodando nesse cantinho. A angústia o abraçou enquanto tudo em sua volta era apenas turbulência.

Nós percebemos que está tudo uma merda, no momento que não consegue nem mesmo levantar da cama, julgando a si mesmo por conta de julgamentos alheios.

Os dias passam se arrastando. Tudo em sua volta se passa como câmera lenta que relata a mesma rotina diária. E são raros os dias que são como borrões e que se passam em uma fração de segundos. Normalmente são dias que o garoto passa todo o seu dia deitado em sua cama e praticamente não sai do quarto, apenas quando sua fome se torna insuportável e precisa buscar algum alimento na cozinha e levando um pequeno estoque para seu quarto para que não seja preciso sair novamente.

Não há muito o que comer em casa, seu pai não se preocupa em fazer as compras necessárias para a casa, então algumas vezes por mês Harry precisa ir ao supermercado para que não falte nada em casa. O garoto usa o cartão de crédito que o pai deixa em cima da mesa para pagar pelas compras. De onde o dinheiro vem? Ele não faz ideia. Também tem dias em que ele arruma a casa, mesmo nos dias que não consegue sair da cama - o que o faz demorar o dobro do tempo - para não ter com o que seu pai reclame.

Hoje, Harry passaria o dia todo fora de casa se não se sentisse tão cansado o tempo todo. Qualquer lugar é mais agradável do que sua casa no momento. E como se não fosse suficiente toda a solidão que sua mãe deixara ao morrer, sua casa é repleta de fotos da mesma. Por mais de ser bom que Anne ainda tenha um espaço na casa, Harry não gosta de sempre ser bombardeado por tantas memórias em simultâneo.

Já passa do meio-dia quando o garoto decide se levantar. O garoto já está acordado desde às seis e cinquenta e duas da manhã, mas não teve vontade de começar seu dia. Harry está exausto, com a cabeça quase explodindo pela dor de cabeça e seus antebraços doendo por conta dos cortes e por serem um pouco abertos enquanto dormia.

Ele se arrasta em curtos passos para o banheiro e toma um banho frio. Lavar os cortes pode ser um processo mais difícil, pela ardência e pela dor, mas nada impossível. Fechando a torneira, se seca com a toalha branca - que consequentemente ficará manchada de sangue, e veste uma roupa limpa, apenas uma calças de moletom cinza e uma blusa de mangas curtas preta e pega um grande casaco para caso precisasse.

Se apoiando na pia a sua frente com uma das mãos, ele abre o pequeno armário de cima da torneira e com a outra pegando uma pomada e muitas ataduras para cobrir os cortes feitos e fita, logo o fechando.

Harry passou a pomada nas pontas dos dedos indicadores e médios e passou por cima dos cortes do antebraço esquerdo e logo depois o direito. Cortou os oito pedaços de fita e as separou colando as pontinhas na borda da pia e logo posicionando três ataduras consecutivamente no antebraço esquerdo e as prendendo com quatro pedaços de fita crepe e fazendo o mesmo processo no braço direito. O sangue já havia ido embora, mas a vermelhidão e os cortes ficaram.

Ao abrir a porta do banheiro o vento que corria forte pela janela aberta o atinge e Harry estremece. Essa época do ano não é tão fria, mas há ventos fortes e dias de chuvas e ele sempre esquece de fechar a janela do quarto. Harry calças suas meias e seu all star e sai do quarto.

Pluviophile || L.STempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang