its harry and louis

130 16 28
                                    

Harry não tinha mais o controle sobre si, faria algo que não queria sem ter a plena consciência.

- Você não sabe que não pode entrar na casa de outros assim? - Sua pergunta fora usada com um tom bravo. - Vá embora!

- Harry olha para você! Porque está chorando? Eu posso te ajudar! - Louis queria chegar mais perto ajudar o garoto vacilando nos passos querendo chegar mais perto.

- Não você não pode! Vá embora! Não quero ajuda, eu não preciso de ajuda!

- Harry, me escute. Eu sei que você está assim devido a Anne e eu sinto muito. - Sua frase foi cortada pelo outro, ouvindo um "Não ouse dizer o nome dela" deixando alguns socos no peito de Tomlinson.

- Eu sei que não está tendo um bom dia e precisa descontar tudo em alguém. Sei que você não é assim. Eu estou aqui para você, para te ajudar e está tudo bem. - Louis tentava o confortar, com palavras. - Eu entendo que não esteja bem, me deixe te ajudar.

- Não, você não entende a minha dor e não fale como se soubesse.

Harry não estava bem. Não consegue pensar direito, sua cabeça rodando, seus braços com dores insuportáveis e agora uma pequena discussão.

Deu um pequeno empurrão no outro, passando pelo quarto e descendo as escadas, quase tropeçando se não estivesse se segurando no corrimão ao lado.

Saindo de casa e andando pelo corredor escuro que as luzes acendiam ao caminhar do garoto, Louis o seguiu. Não conseguiria subir pelas escadas por serem muitos lances e também porque não aguentaria. Seu corpo está mole e doendo demais para fazer mais esforço do que realmente aguenta.

Se sentando no terraço do prédio na beira e deixando os pés balançarem, sentia Louis ainda consigo, porém mais atrás o dando um espaço e não querendo invadir demais.

Harry já tentara suicídio uma vez, sendo uma tentativa falha. Estava exatamente neste terraço do prédio de pé quando alguns moradores perceberam a movimentação estranha indo checar, encontrando o menino a ponto de se jogar do alto, mas conseguindo afastá-lo da borda. Depois fora levado ao hospital em uma maca. Os moradores conseguiram chamar apruma ambulância a tempo. Todos viram seus braços, todos viram seu estado, porém não falaram nada. O fecho de tudo isso terminou com Harry internado por alguns dias no hospital e Desmond puto dizendo o quanto Harry é um peso na vida dele, que estava lá apenas para gastar dinheiro com coisas desnecessárias - como pagar esta conta de hospital - e que não servia nem para uma coisa simples como uma tentativa de suicídio.

- Porque ao invés de me chamar e me deixar te ajudar, você simplesmente começou a me ignorar e está fazendo o mesmo de anos atrás como se eu fosse um nada?

- Me desculpa por isso ok. - O silêncio foi uma resposta. - eu não consigo- não consigo pensar agora. - Se Harry estava péssimo, agora estava pior.

- Se passa tanta coisa na minha cabeça, e a única solução que imaginei é a de se afastar completamente. - Disse por um fim.

- Me deixe te ajudar.. por favor. - Louis pedia em um sussurro.

- Não sou alguém que possa ser ajudada Louis. - Observava seu moletom que agora continha manchas de sangue visíveis a qualquer um e as escondendo posicionando os braços sob a barriga.

Cheguei ao meu ápice de dor. Naquele banheiro ele padeceu. Naquele chão gélido ele chorou, e com a lâmina em mãos novamente questionou mais uma vez o que deveria fazer, e assim me machuquei novamente.

Odeio ser assim. Ser tão quebrado ao ponto de não conseguir seguir minha estrada, odeio não saber onde deixei minhas peças caídas e muito menos saber por onde começa. Minha cabeça diz que nem sempre a alegria tem estoque, então basta apenas colocar um sorriso nos lábios mesmo que seja falso. Ninguém irá reparar.

Pluviophile || L.SOnde histórias criam vida. Descubra agora