CAPÍTULO 28

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Nina

Eu estava novamente . Parada. No meio da rua, vendo as luzes do carro acelerando em minha direção, então de repente eu estava com a minha melhor amiga nos braços, coberta de sangue e morta.

Eu gritava seu nome. Desesperada e em prantos. A chuva caia intensamente. Raios e trovões atravessavam o céu escuro da noite.

Meu coração doía, partido em um milhão de pedaços. Ao erguer os olhos eu via Ferdinando do outro lado da rua, me encarando com um sorriso cruel no rosto.

— Seu assassino! — Gritei.

Ferdinando apenas sorria. E eu tremia com Laura em meus braços, mas então seu rosto se transformava no da minha mãe.

— M-mãe? — Gaguejei.

Os cabelos escuros estavam grudados na testa, os olhos abertos e sem vida. Morta. Por minha causa.

Minha pulsação estava acelerada e eu ouvia o zumbido constante das sirenes se aproximando, então eu sentia Ferdinando me erguer do chão e me agarrar.

Não! — Tentei me libertar — Me larga!

Você é minha, Nina — Rosnou contra meu ouvido. — Ninguém pode ter você se não eu.

Ele tocava meu corpo como se eu fosse de sua posse. Como se eu o pertencesse. Eu gritei.

Olaf! — Chamei aos soluços.

— Ele não pode salvá-la — Neguei freneticamente.

Não. Olaf iria me salvar. Ele sempre estava por mim.

— Olaf, me ajude — Pedi.

Ouvi o barulho da minha roupa sendo rasgada, logo em seguida as mãos de Ferdinando em meus seios.

Fechei os olhos com força e parei de lutar, ele não iria parar, minha resistência o incentivava a continuar.

Quando Você ChegouOnde as histórias ganham vida. Descobre agora