0.8 Eu te quero por perto.

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0.8 Eu te quero por perto.


Não poderia colocar em palavras o quão surpreso e atordoado eu fiquei quando o vi entrando pela porta. Desfilando como se estivesse em uma passarela e os demais estudantes fossem o público que se viram perdidos na beleza e na confiança que ele demonstrou quando entrou pela sala.

Menos de cinco segundos quando a ficha caiu e eu percebi quem aquela pessoa era, minhas mãos e pernas começaram a tremer tão fortemente que precisei olhar pela janela da sala e me certificar de que um terremoto não estava acontecendo. Eu me arrependeria de pensar isso mais tarde, mas naquele momento eu preferi mil vezes que fosse um terremoto de pequeno porte amedrontando a cidade.

Heeseung se tornou meu mais novo motivo de um desespero matinal a partir daquele dia. Eu não sabia dizer se era por causa da sua confiança que batia de frente com a minha insegurança, ou se era o simples fato do meu maior rival e um competidor a altura estar estudando na mesma sala de aula que eu.

Quando vi seu sorriso sendo direcionado a mim, ele levantou a sua mão em um leve aceno, a primeira reação que tive foi de fazer uma leve reverência com a cabeça e desviar meu olhar por completo do seu. Uma citação da Coréia antiga era mais interessante e menos doloroso do que uma troca de olhares com Lee Heeseung.

Jay de repente surgiu entrando pela sala com algumas poucas gotas de suor escorrendo pelo rosto. Então eu me lembrei que ele não havia vindo a aula segundo as palavras de Jungwon mas ao que parece, ele só se atrasou como de costume. O professor aceitou as desculpas de Jay e o deixou entrar, logo ele se sentou na carteira ao lado da minha, e em seguida, o professor pediu para que Heeseung se sentasse na antiga carteira que pertencia a Jake.

Pedi aos céus e a todos os deuses e deusas de todas as religiões que eu tinha conhecimento que tudo fosse um pesadelo. Quis tentar me beliscar e com isso acordar do sono pesado, mas a vida quis esfregar na minha cara que tudo era real quando meu pé fora chutado pelo pé de Jay, e ele fez um sinal com a cabeça, logo, meu celular vibrou em meu bolso.

Ainda com as mãos tremulas e tentando não transparecer nada além de calmaria – o que foi completamente falho – eu tirei o celular do bolso, o liguei, e abri a barra de notificação clicando na mensagem de Jay.

"Cara vc tá muito pálido" — JAY, 07:19

Suspirei fundo, e o olhei pelo canto dos olhos, ele acenou novamente, dessa vez em um levantar de sobrancelhas, e eu voltei o olhar para a tela.

"Tá tudo bem? Tá parecendo que vai desmaiar" — JAY, 07:20

"Eu conheço ele" — SUNGHOON, 07:20

"Vc não respondeu se tava bem mas ok kkkk" — JAY, 07:20

"Conhece o garoto novo? Tá falando dele né" — JAY, 07:20

"Foi mal. To bem mas não to. E sim eu conheço ele" — SUNGHOON, 07:20

"Do jeito q vc olhou pra ele até parece q ele te faz algum mal" — JAY, 07:20

"Se ele tiver feito algo contra você, me diz que eu meto a porrada no final da aula" — JAY, 07:21

"Misericórdia" — SUNGHOON, 07:21

"Ele não me fez nenhum mal, pelo menos físico. Ele só é meu rival mais forte na patinação artística" — SUNGHOON, 07:21

"Eita" — JAY, 07:21

"Mas eu posso apagar ele daí VRAU vc não tem mais nenhum rival à altura #ajudei" — JAY, 07:21

"Tentador, mas tenho q negar" — SUNGHOON, 07:22

Como Gelo, Sunghoon... (JAKEHOON)Where stories live. Discover now