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Não sei que horas são, e nem a quanto tempo estou jogada em minha cama

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Não sei que horas são, e nem a quanto tempo estou jogada em minha cama. Minhas roupas que deveriam estar molhadas já estão meio secas, o que significa que estou aqui a horas. Meu celular já tocou várias vezes, mas não o toquei em nenhum minuto. Meus olhos ardem e piscar dói. Sinto sono, mas não consigo dormir pois toda vez em que eu fecho os olhos eu lembro daquele vídeo, ou do Jun.

Queria que tudo isso fosse apenas um pesadelo. Ou que eu nunca tivesse conhecido o Jun e os meninos, assim eu não estaria na situação na qual estou. Sinto sede, minha garganta arde pedindo água, e mesmo com meu corpo querendo ficar deitado me levanto. Ao andar até a cozinha devagar e cambaleando com os pés descalço no chão frio, percebo que já é de noite.  Ao chegar na cozinha acendo a luz e me arrependo no mesmo instante, o meu rosto inchado reflete no vidro do armário e percebo o quão acabada estou. Pego um copo na pia e pego a jarra d'água da geladeira enchendo o copo.

Por um segundo, lembro de quando Jun vinha para a cozinha e me abraçava por trás de surpresa. Com a lembrança, derramo a água na pia e me viro jogando o copo com toda força na parede, e assim faço com os outros copos e pratos que estão na minha frente. E a cada objeto quebrado, sinto minha raiva indo embora. A jarra na qual ganhei dele também a empurro para o chão onde ela quebra em pedacinhos.

Quando percebo o que acabei de quebrar, me arrependo e corro em direção aos cacos da jarra, e no caminho acabo pisando em outros pedaços de vidro. Me ajoelho sentindo meus olhos transbordarem. Eu sou burra por me arrepender de ter quebrado essa estúpida jarra, e por ainda estar chorando por ele.

Me segurando no balcão, me levanto sentindo o pé arder, ao dar um passo escorrego na água e antes que eu possa segurar com mais força no balcão, acabo caindo de costas no chão batendo minha cabeça. Sinto uma dor insuportável no pé da cabeça e sinto uma grande vontade de dormir, e fecho os meus olhos.

°

Acordo com o som estridente da campainha em meu ouvido. Abro os olhos devagar e encaro o teto da cozinha. o som da campainha não para, a pessoa ainda continua insistente. Com certa dificuldade me levanto, despertando a dor em meu pé e em meu corpo, mesmo assim caminho até a sala abrindo a porta.

— Srta. Lopez, viemos confiscar seus aparelhos para a investigação. — diz o Sr. Jung entrando em meu apartamento acompanhado de mais dois caras que estão com caixas na mão.

— Eles estão no quarto. — aponto na direção que eles precisam ir.

Se eu quero provar que estou certa, preciso colaborar na investigação.

Os três caminham para o meu quarto e assim que eu me viro para fechar a porta, dou de cara com Jun.

— O que está fazendo aqui? — respondo grossa.

— Temos que conversar.

— De novo? Pensei que já tivesse me falado coisas o suficiente.

— S/n é sério. — ele entra no meu apartamento como se eu tivesse permitido.

Clover (Park Junhee)Where stories live. Discover now