Opções e madrugada

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Dinheiro,

A vida de Kayla, minha mãe se resumia a isso.

Toda merda que ela fez durante sua vida, cada pessoa que ela usou, tudo foi voltado para conseguir mais e mais dinheiro em sua conta, e é por isso que tomei uma decisão enquanto estava presa dentro de um avião de volta para Berlim, Gian estava cuidando das minhas mãos enquanto eu lia as informações que indicavam que Kayla traía Paul com um traficante.

Eu iria tirar tudo dela antes de realmente tirar sua vida, a idéia de uma simples morte não me agradava nada, ela merecia mais, muito mais.

Por isso quando o avião pousou já quase três horas da madrugada eu deslizei para dentro do meu carro, e dirigi em toda velocidade até a casa de Brayan, entrei silenciosamente até seu escritório e sentei em sua cadeira confortável.

Coloquei minhas pernas em sua mesa chique, a arma posicionada em minha coxa, meu dedo prescionando o gatilho pronto para o estouro, eu sabia que ele viria aqui logo, só precisava esperar um pouco e quase uma hora depois a porta se abriu e a fresta de luz me iluminou, fazendo com que eu saísse das sombras.

- Aconcelho a deixar sua arma no lugar!

Disse casualmente quando vi que ele estava levando sua mão aonde provavelmente estava suas armas e ele congelou no lugar.

- Quem é você e o que quer aqui?

Ele questionou tentando parecer confiante

- Brayan, Brayan. Você sabe quem eu sou!

Deslizei as pernas e apoiei meus pés no chão

- Gölge, a deusa das sombras.

Inclinei a cabeça para o lado quando ele sussurrou e eu quase rir quando notei que existia mais apelidos meus por aí, interessante.

- Entre, vamos ter uma conversinha!

Cocei meu pescoço com o cano da arma e mesmo de longe vi ele engoli em seco

- Por favor não me mate, eu tenho família.

Isso fez meu corpo todo temer em uma gargalhada assustadora que fez ele recuar

- Quando você está dentro da minha mãe, você lembra que tem uma família?

Ele parece ligeiramente confuso com minha pergunta e resolvo ajudá-lo a entender melhor

- Sou Raika Mancini, filha de Kayla Cooler.

Ele arregala tanto os olhos que por um segundo acho que eles irão sair de seu rosto

- Eu não irei dizer para você entrar novamente, acredite minha paciência está pela porra de um fio, muito frágil.

Levanto da cadeira e caminho até está enfrente a mesa, minha bunda encostada na madeira rústica e branca, cruzo meus pés nos tornozelos e o encaro friamente, ele feito um covarde se joga em meus pés com as mãos enfrente a seu corpo parecendo estar rezando

Oh não, não adianta rezar.

- Por favor, por favor, por favor...

Ele movimenta o corpo para frente e para trás

- Não me mate, por favor...  Eu não sabia!

Uma onda de satisfação enche meu peito, a sensação de estar com a vida das pessoas em minhas mãos, tendo a capacidade de decidir se eles realmente vão viver ou não é quase tão prazeroso quanto um orgasmo intenso.

- Você é a primeira pessoa em anos que me implora para viver, todos que caíram em minhas mãos pedem por uma morte rápida. 

Os olhos do homem aumentam de tamanho quando ele entende o que acabei de dizer, um sorriso calmo molda meu lábios, aquele tipo de calma que vem antes de algo muito ruim,

Mas eu não irei mata-lo, preciso dele para dá a minha mãe o começo da sua ruína, mas isso não impede que eu chute o rosto dele com toda a força que tenho em minha perna, ele cai para o lado desmaiado pela pancada.

Quebra de tempo

Incontáveis minutos depois, Brayan começa a despertar e ainda meio grogue quando percebe que está a minha frente ele começa a rastejar seu corpo para longe de mim, uma trilha de sangue desce de seu nariz, e a lateral de seu rosto está levemente inchado suspiro quando ele começa a tremer com receio

- Você tem duas opções.

Ergo dois dedos enfrente a meu rosto

- A primeira é eu sujar toda a porcaria desse escritório com seu sangue.

Abaixo um dedo e sorrio docemente para ele

- E a segunda é; Eu vou sair por essa porta e você terá 24 horas para reunir provas concretas do seu caso com Kayla. Não me importo se será um caralho de um vídeo ou fotos, você pode até esconder seu rosto, mas tem que estar mais que óbvio que é ela.

Cruzo os braços casualmente ainda o olhando

- Se você concordar com a segunda opção, eu pegarei as provas e esquecerei sua existência permanente.

Se ele sabe de mim e eu sei que sabe, ele está ciente de que não quebro minha palavra

- E se em 24 horas eu não conseguir?

Ele ainda tem a coragem de questionar e um sorriso amaldiçoado surge em meu rosto

- Vou me divertir caçando cada coração que bombeia o mesmo sangue que o seu e quando você não tiver nenhum maldito parente vivo, eu irei te caçar e você irá desejar ter sido caçado pelo próprio diabo.

Como se minhas palavras o tivessem nocauteado, Bryan joga a cabeça para trás

- Eu aceito!

Balanço a cabeça contente com sua escolha, eu irei divulgar essas provas em cada canto do país, todo o prestígio dela, tudo que ela conseguiu subindo encima dos outros irá desmoronar como um castelo de areia, darei a ela uma vergonha pior que a morte e aí finalmente irei enviá-la ao querido Lucy.

- Como irei entrar em contato com você?

Ele grita quando começo a andar até a porta, eu olho para ele no chão e seriamente falo;

- Quando seu tempo esgotar eu irei entrar em contato com você.

Bato com dois dedos em meu pulso

- A contagem regressiva começou, tic tac...

Atravesso a porta e vou embora dali, o frio suave da madrugada beija meu corpo quando piso meus pés na rua indo em direção ao meu carro que está estacionado do outro lado da rua, sinto meu celular vibrar no bolso e verifico para ver quem é a essa hora.

Aaron Marciel;

Aconteceu alguma coisa com você?

Quando você voltará para a escola, raposinha?

Em breve.

Bloqueio o celular novamente e entro no carro, ligo o motor e começo a dirigir.

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