6 - Natimortos

104 9 15
                                    

Com o raiar do sol, todo povo da pequena vila do deserto seguiu em procissão rumo as proximidades da casa da família Sabaku, onde os conselheiros esperavam por eles para anunciar o desfecho do difícil parto que se desdobrou noite a dentro

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Com o raiar do sol, todo povo da pequena vila do deserto seguiu em procissão rumo as proximidades da casa da família Sabaku, onde os conselheiros esperavam por eles para anunciar o desfecho do difícil parto que se desdobrou noite a dentro.

Ao serem erguidas três bandeiras vermelhas o som de aplausos e assovios se espalhou por muitos metros afora, levando pelo vento a notícia de que Narumi havia conseguido mais uma vez, ela deu ao povo herdeiros para perpetuar a linhagem dos Sabaku. Aquelas pessoas choravam, sorriam e se abraçavam como se a vinda dos trigêmeos fosse um presságio de dias melhores.

Entretanto, se muro afora só havia alegria, para a família o dia não era dos melhores.

— Ela só está cansada. Não é fácil por um bebê no mundo, quem dirá três de uma vez. — Sakura tentava acalmar os ânimos na sala de jantar, uma vez que a mãe das crianças se recusava a sair do quarto ou receber visitas que não as da médica.

— A Temari não me deixou dormir no quarto por uns quatro meses depois do parto, coisa de mulher. — Shikamaru tentou, em vão, animar o cunhado.

— Não entendo ela. Se não está doente, porque não quer ver nossos filhos? — Estava irritado, mas não com a esposa, achava que lhe escondiam algo, que pudesse estar fraca ou coisa pior.

— Dê um tempo para ela. Algumas mulheres sentem um sentimento de vazio depois do parto, é natural e vai passar.

Não passou. Dia após dia a dor só aumentava e como de costume ela não se abria sobre seus sentimentos, vestia sua máscara de pedra e seguia sorrindo friamente para enganar a todos, ou ao menos tentava, já que o marido podia ler por trás de suas defesas.

Horrível pensar que nem nos dias de vidro do primogênito se sentiu tão desamparado. Quando a vida de Yagura era apenas incerteza sempre encontrou na esposa uma força capaz de vencer qualquer obstáculo para mantê-lo bem, porém desta vez em que seus bebês eram saudáveis ela parecia exausta.

Então veio o ápice do desespero, quando nada mais era capaz de acordá-la...

Ninguém sabia dizer o que se passava com ela. As hipóteses iam de envenenamento criminoso a alta dosagem de remédios, entretanto nada foi encontrado em seu corpo. Como profissional que era, Sakura dava o seu melhor, como amiga sabia que na verdade tudo dependeria se a mulher iria ou não querer retornar de seu sono.

O sol da vila da Areia, sempre tão brilhante, tão quente, fazia com que os dias nublados na vila da Névoa parecessem um paraíso. Se alguma vez havia reclamado de sua terra natal, Narumi se arrependia a cada manhã em que puxava as cortinas irritada com o marido que teimava em abri-las durante a noite.

Mas o mau humor logo se esvaia ao sentir o doce aroma do chá de menta a sua espera na mesa do café da manhã.

Era sua folga? Não tinha certeza. Algo parecia diferente e tudo que conseguia fazer era arrastar os pés preguiçosamente pela casa, esperando que algum empregado a ajudasse a se situar sobre sua agenda.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Dec 27, 2021 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

Família Sabaku - MenmaNGOnde histórias criam vida. Descubra agora