CAP 08 / 09 / 10 / 11 / 12 / 13 / 14

5.8K 322 34
                                    

CAP 08

- Alice: SIMMMM! - disse sorrindo - Meu primo conhece o dono, tá tudo tranquilo - disse baixo
- Maju: Eu não posso está aqui sua maluca, o meu pai - arregalei maior olhão
- Alice: Não fala sobre seu pai, não fala o seu sobrenome! Apenas curta - eu sacudi a cabeça negativamente
- Maju: Você é definitivamente doida!
- Alice: Um pouco, mas - me encarou séria - Você prefere está aqui bebendo com sua melhor miga e zoando ou na sua casa de pijama, comendo brigadeiro e chorando ?
- Maju: Eu gosto de ficar em casa de pijama, comendo brigadeiro e chorando! - disse choramingando
- Alice: Você não sabe de nada! - tapou minha boca

O carro parou na metade do caminho pois o motorista disse que não subia mais, então nós descemos e a Alice foi praticamente me puxando pela rua e eu como sempre muito positiva.

- Maju: Vai da merda, certeza que vai da merda!
- Alice: Tá repreendido viu ? Vai com essa energia negativa pra lá!
- Maju: Eu tô sentindo no fundo da minha alma!
- Alice: O fundo da minha alma tá doida pra te dá uma porrada, isso sim! - disse séria - Vamos lá, se você não curti nós vamos embora ok ? - eu concordei

Olha sinceramente, essa Alice era demais! Nós fomos subindo e parecia que nós nunca mais iríamos parar de subir, até que nós chegamos enfrente uma quadra, Alice saiu entrando, me puxando e estava LOTADO. Ela me puxou direto pro bar e eu comecei sentir um calor absurdo.

- Maju: Meu Deus, isso aqui tá lotado! - ela sorriu
- Alice: Tu tem que vê quando o baile é na rua! - riu - Esquece! - disse dançando - Vai beber o que ?
- Maju: Cerveja! Bem gelada pelo amor - ela riu
- Alice: Assim que se fala! - sorriu

A Alice pegou cerveja pra mim, vodca com energético pra ela e então me puxou pro meio da quadra e estava tocando vários funks bons, nós começamos a beber, dançar, curti e por um momento eu esqueci até onde eu estava.

CAP 09

Augusto Narrando ❌

Aos três anos de idade meu pai biológico abandonou minha mãe e eu, sem um motivo, sem uma explicação, sem nenhum sentindo! Eu só lembro da minha mãe contar  sempre a mesma história "ele saiu pra trabalhar e nunca mais voltou" e isso me causava uma revolta gigantesca porque podia entrar ano e sair ano, mas eu não entendia o porque ele tinha feito isso.
Dois anos após ele ir embora, minha mãe conheceu meu verdadeiro pai (Peixoto) foi a melhor pessoa que poderia ter entrado nas nossas vidas, o Peixoto me tratou a vida inteira como um filho, ele e minha mãe me ensinaram sobre tudo nessa vida, sobre ser grato, ser humilde, amigo, parceiro, sobre ter responsabilidades! Sobre ser um homem... Eles só não me ensinaram a viver sem eles dois.
Cerca de um ano atrás teve "operação" no Morro, a polícia invadiu a nossa casa e já chegou atirando e eles não pensaram nem na minha mãe, pois ela não tinha nada com isso, mataram ela a sangue frio! Eu só sobrevivi porque não estava lá e desde então, eu assumi o Morro e peguei como minha missão matar o cara que matou os meus pais. Isso se ele não conseguisse me matar antes, e essa era uma das brigas mais frequentes que eu tinha com a Pâmela (gerente do meu morro).

- Pâmela: Tu ir pra esse baile hoje é está pedindo pra morrer! - eu sorri
- Guto: Passei o baile pra quadra filha, não precisa se preocupar! - ela ficou me olhando
- Pâmela: Não preciso me preocupar ? Tudo que eu mais faço nessa vida é me preocupar, pois você não me dá outra opção! - encarei ela
- Guto: Eu tenho vinte e dois anos, sabe qual o tempo estimado de vida de um traficante ? Trinta! Nos trinta, você morre ou vai presso e se passar disso, você é uma lenda! - ri
- Pâmela: E você quer dizer o que com isso ? - ficou me olhando
- Guto: Não tenho medo de morrer - fiquei olhando pra ela - Eu já perdi tudo que eu tinha, morrer seria um alívio! - sorri - Te vejo no baile ? - peguei no queixo dela

GRÁVIDA DE UM TRAFICANTE. Where stories live. Discover now