29. Just When I Needed You The Most {Carlisle}

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{Carlisle Cullen}

Não conseguia tirar o som dos soluços de Bella da minha cabeça. Quando a ouvi sussurrar meu nome, pensei que não havia felicidade maior no mundo. Mas quando foi seguido pela evidência de tamanha tristeza, fiquei destruído.

Eu estava machucando a minha garota.

Tudo em mim queria corrigir isso, parar de machucá-la, mas não conseguia ver um caminho para ela que fosse livre de dor. Não havia nada que eu pudesse fazer para deixá-la feliz, e seus soluços suaves me assombravam.

Eu precisava vê-la.

Passar o dia longe dela — distante demais para ouvir sua respiração quieta ou o bater de seu coração — era agoniante. Eu precisava estar perto dela.

A compulsão se tornou insuportável, então eu arrumei uma desculpa. Fazia quase três semanas desde que Bella quebrou a mão, e não faria mal ver como estava cicatrizando. Decidi que iria passar lá depois do trabalho para ver como ela estava.

Fiz uma parada rápida em casa e troquei de roupa; não queria o cheiro do hospital grudado em mim, me atrapalhando de sentir o aroma intoxicante de Bella.

Edward, claro, notou a mudança em nossa rotina usual. Ele subiu as escadas e ficou passeando do lado de fora do meu quarto.

— Pode entrar — disse a ele, me movendo para a frente do espelho para arrumar minha gravata.

A porta se abriu, e ele inclinou contra o batente.

— Está bonito, companheiro.

Olhei para ele e sorri.

— Obrigado, Edward.

— É uma desculpa bem fraca — ele disse secamente. — Você sabe quanto tempo faz desde que médicos faziam visitas em casa?

— Sim, e eu fiquei muito desapontado quando a prática saiu de moda.

E honestamente não ligo para o quão fraca seja a desculpa. Eu quero vê-la.

— Uh-huh. Vai de gravata? Nós não falamos com você sobre parecer mais acessível?

O pai dela vai estar lá. E eu vou para tratar de assuntos médicos. A gravata é apropriada.

— Você se importa que eu vá também? Talvez consiga distrair Charlie por um tempo. Te dar um momento sozinho com ela.

Arrumei o nó e me virei de frente para ele, dando um sorriso agradecido.

— Isso seria bom, obrigado.

Ele me seguiu pelas escadas e foi até a sala de estar, onde deu um beijo de adeus em Esme.

— Não vou demorar, meu amor.

— Não se apresse.

— Vou correndo — eu disse a Edward. — Preciso acalmar meus nervos.

Ele ergueu uma sobrancelha.

— Não vai parecer um pouco estranho aparecer sem o carro?

— Se eles notarem, diremos que estacionamos no fim da rua.

— Você que sabe.

Nós saímos e começamos uma pequena corrida, apenas um pouco mais rápido do que um humano aguentaria, nos mantendo em meio as árvores para não sermos notados. Foquei nos sons dos esquilos caçando reservas de nozes, e na fragilização das cascas das árvores na medida que a estação se tornava mais fria. Nós estávamos avançando para novembro, e a Mãe Natureza estava colocando seus filhos para dormir.

Take This Heart || Bella e CarlisleOnde as histórias ganham vida. Descobre agora