20| Aceitação

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AMBER

Depois que ela foi embora fico sem ter muito o que fazer então resolvi procurar na internet alguma receita para preparar um jantar para Dominic e Ian, que inclusive, estão demorando demais. Penso em ligar para ele, mas fico meio receosa sobre isso. Por fim, opto por não fazer.

Enquanto procuro os ingredientes, coloco uma música suave que sempre escutei no celular. A letra dela é muito intensa e quase sempre me fazia viajar para um lugar aleatório que eu me sentia muito bem. A casa de Angelina. Ela me ajudou quando ninguém fez e até hoje me sinto péssima por ter ido embora sem nem dizer tchau. Acho que ela merecia uma consideração da minha parte. Mas eu já estava tão perdida que não pensei nisso.

De repente uma vontade de saber sobre ela me atinge, mas rapidamente retiro isso da minha mente. Passado deve ficar no passado. Acho que ela nem me reconheceria hoje em dia.

Coloco as coisas para cozinhar e vou cortar as verduras. Completamente concentrada na minha tarefa, o tempo passa rapidamente. E no momento que vou colocar a carne no fogo, escuto um barulho de chaves e logo depois passos pesados. Chegaram. Uma euforia toma conta do meu ser e isso é absurdamente estranho. Acho que nunca vou entender essas reações. E quando vejo as duas pessoas mais lindas que já tive o prazer de pôr os olhos, tudo parece se intensificar mais.

Me aproximo deles e o sorriso de ambos é demais para mim.

Tiaaaaaa, que saudade!

Sou pega desprevenida com ele se jogando no meu colo. Por sorte sou rápida e seguro. Acho que nunca me perdoaria se ele se machucasse.

— Que saudade que eu estava de você também príncipe.

Dou um beijo e um abraço bem apertado nele que solta uma gargalhada gostosa me dando mais alegria.

Dominic me abraça também, feliz com o que ver.

— Vocês demoraram muito… Fiquei preocupada.

— Minha mãe quando me ver não quer me deixar sair mais de perto.

—  Entendo… Você pode segurar ele? Vou terminar de fazer o jantar.

As mãozinhas de Ian agarram meu pescoço, e logo depois ele me dá mais beijos. Ele é muito amoroso e dá vontade de não soltar mais. O amo, isso posso afirmar. O que sinto por ele é algo completamente genuíno e diferente. Tenho medo disso.

—  Acho que ele realmente não quer te largar. Como eu. — diz a última parte em um sussurro, que me deixa completamente inerte.

— Isso é muito bom. — devolvo, perdida.

Ele sorri e em seguida chama Ian para seu colo, que logo aceita. A ligação deles é linda.

Finalmente ele volta para o colo do seu pai e eu vou terminar de fazer o jantar, sentindo o olhar dos dois o tempo todo em tudo que eu estava fazendo. E eu faço mais uma constatação: me sentir observada por eles é incrível.

Finalizo a lasanha e faço um suco de frutas. Assim que coloco os pratos na mesa com a ajuda de Dom, sinto a sensação que estou virando uma dona de casa. E nossa, que estranho. Mas é bom.

(...)

Depois de colocarmos Ian para dormir - o que foi uma coisa que eu gostei muito-, fazer parte desses momentos está me deixando sonhar mais ainda sobre nós. Constatar isso me fez querer nos separar na hora do banho. Preferi tomar sozinha, no meu “antigo” quarto.  Não sei se toda essa intimidade muito rápida seja legal. É como se tudo estivesse se tornando cada vez mais intenso e eu sou extremamente com o pé atrás em relações assim. Parece que algo de ruim vai acontecer logo depois.

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