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DOMINIC

Me sinto completamente encurralado. Porque de um lado tenho a mulher que começou a tomar um espaço enorme no meu coração. E do outro, a pessoa que mais admiro. Fora todo esse transtorno que me envolvi, também tem as ameaças que continuam chegando. Não faço ideia de quem seja e admito estar preocupado com o rumo de tudo isso.

As vezes sinto que tudo pode começar a dar errado e pior, não saber quem é me deixa apreensivo. No fundo, pode ser qualquer pessoa, afinal, acredito que inimigos é o que não falta para Amber.

Aumento o volume do som, tentando desfocar desses pensamentos. Mas é praticamente impossível. Tudo está borbulhando como água fervente na minha cabeça.

E de quebra ainda tem os sentimentos que estou nutrindo por Amber. Sinto que é algo tão incontrolável que não consigo imaginar a perder mais. E isso é aterrorizante. Porque da última vez que me senti assim por alguém, foi pisoteado sem dó.

Batuco os dedos no volante de nervoso ao ver a casa que estou indo. Quando estaciono meu carro próximo, vejo betoven sair correndo, vindo na minha direção.

Desço do carro, passo as mãos em seus pelos fofos e sigo em direção a entrada, com ele em meu encalço.

— Mãe? — chamo por ela, entrando dentro da casa onde passei a maior parte da minha vida.

Escuto um barulho vindo da cozinha e um cheiro muito bom de algo que está sendo feito.

— Que surpresa! — diz, vindo me dar um abraço.

— Precisamos conversar sério mãe. Por isso vim sem avisar.

— Hum… Devo me preocupar com essa cara?

— Provavelmente. Amber me perguntou sobre tudo. E eu quero contar… Depois que a pedi em namoro, não posso esconder isso dela.

Ela se senta na bancada, me olhando pensativa. Imagino bem o porque, mas nem tem tanto motivo assim. Por toda a história que ela me contou sobre como conheceu a minha linda. Acho que no fundo, depois de ouvir tudo seria impossível eu negar algo.
Ainda mais quando ela nunca tinha me pedido algo desse nível.

Me dediquei ao máximo para livrar ela de todas as acusações e realmente não me arrependo de nada. Principalmente de ter a colocado dentro do meu lar, para conviver com meu filho – o que minha mãe achou uma loucura –, mas ainda assim, segui.

— Você acha que ela vai entender?

Pego nas mãos dela, sorrindo.

— Mãe, não tem motivo para ela não gostar de saber que tem alguém que se importa com ela a esse ponto. Acredito que ela ficará feliz. Só não contei ainda porque sei que ela vai querer vir aqui e eu não podia te deixar ser pega desprevenida.

— Não sei… Ela sempre foi muito na dela e achava que estava sozinha.

— Mais um motivo para provar que ela não está sozinha.

Ela se levanta, voltando para suas panelas, ficando calada por uns minutos. Não gosto de ver ela assim, por isso me aproximo mais.

— Dona Angelina… Já te disse que ela vai gostar. Não pode ficar pensando sobre algo que nem aconteceu ainda.

— Eu sei, mas é difícil. Pode ser que ela nem queira me ver.

— Eu acho que vai querer sim, e eu vou adorar ver vocês duas juntas. Acho que ela precisa ter uma referência como você por perto…

— Estou tão nervosa… Espero que isso aconteça. Desde que pus meus olhos nela, uma sensação que deveria a proteger surgiu rapidamente.

— E eu te admiro muito por isso. Você é incrível mãe.

IN(QUEBRÁVEL) | ✓Where stories live. Discover now