Ava, uma jovem entregue aos cuidados de sua tia desde os primeiros dias de vida, encontrou-se abandonada por essa figura maternal após quase quinze anos de convivência. Diante dessa traição, ela se vê obrigada a compartilhar sua vida com o irmão, Ro...
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A VIDA DA GAROTA de cabelos curtos e castanhos parecia seguir a lei de Murphy a risca: tudo que podia dar errado, dava. Nesse momento a menina de baixa estatura "castigava" sua tia com tratamento de Silêncio, ignorando-a dentro do táxi, enquanto o veículo já se aproximava de seu objetivo.
Ao parar o táxi na frente de um dojô de caratê, Ava fez careta menosprezando ainda mais, seja qual fosse o lugar, para onde sua tia a levava. A intenção da mais velha era entregar a recente adolescente rebelde ao seu irmão, já que sua mãe estava na reabilitação.
A garota bufou ao sair do carro com a mochila nas costas enquanto Ana carregava uma bolsa com as roupas da menor.
Ana simplesmente entrou no local sem nem pedir licença pedindo a um homem idoso que parecia ser dono do local, para falar com Robby. Enquanto isso, a menor observava os garotos que estavam em aula lutando, admirando seu porte físico.
— Minha senhora, está atrapalhando a minha aula.— o homem maduro, reclamou incomodado.
— Eu realmente preciso falar com...— ela parou de falar ao ver o sobrinho vindo dos fundos.— Robby. Finalmente.
— Ana? O que está fazendo aqui?— ele estranhou a visita inesperada.— Desculpa Sr. Kreese, vamos conversar lá fora.— ele saiu e Ana o seguiu, mas não antes de arrastar Ava junto pelo pulso.
Ela não estava disposta tirar os olhos da deliquente – como ela a chamava – por nenhum segundo sequer.
— Então não vai me chamar de tia? Vai ser igual essa daqui?—Ana perguntou apontando pra garota que já nem prestava atenção na tia e sim na bolsa dela onde provavelmente havia dinheiro suficiente para comprar um skate novo, já que havia destruído o dela em seu último surto de raiva.
— Quem é ela e o que estão fazendo aqui?— Robby perguntou encarando a menina.
— Não lembra dela? Ah, é claro, você era bem pequeno quando se viram pela última vez. É a sua irmã.— Ana explicou e Ava encarou o irmão indiferente.
