Ava, uma jovem entregue aos cuidados de sua tia desde os primeiros dias de vida, encontrou-se abandonada por essa figura maternal após quase quinze anos de convivência. Diante dessa traição, ela se vê obrigada a compartilhar sua vida com o irmão, Ro...
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|AUTORA, point of view|
— BATI!— Ava disse pela sexta vez naquela manhã, jogando a última carta do uno que tinha na mão.
— não é possível. Tá roubando.— Johnny acusou.— levanta. Deve tá escondendo um monte de cartas aí embaixo de você.
— que mal perdedor você é.— zombou depois de dar risada.— achei que o Sr. LaRusso tinha exagerado quando falou que por muito tempo você não esqueceu o torneio de anos atrás.
— não fazia tanto tempo assim. E eu já superei aquele torneio roubado.
— qual é, não fazia muito tempo? Você já tem o quê? Uns sessenta anos?— Robby deu risada da pergunta da irmã.
— você tá brincando né?— Johnny perguntou, dessa vez parecia realmente preocupado.
— não é? Caramba, me desculpa. Eu realmente pensei que fosse.— Ava o encarou séria, como uma boa atriz e logo depois começou a rir.— eu tô zuando com você, você aparenta no mínimo uns cinquenta e nove.— ela e o irmão continuaram rindo enquanto o mais velho apenas os encarava indignado. Pararam de rir somente com o som da campainha.
— vai lá atender você.— Johnny apontou para a menor e logo abriu mais uma lata de cerveja.
— que? Por que eu? Achei que a gente ia revezar pra abrir a porta. Sou sempre eu.— cruzou os braços.
— é logo alí, não reclama. É seu castigo.— tomou um gole da cerveja.
— doces ou travessuras?— falou o garoto sorridente com ambas as mãos no bolso do casaco, após a porta ser aberta.
— Anthony.— sua primeira reação foi abraçá-lo.— em alguma dessas opções eu ganho um beijo?
— talvez eu possa abrir uma exceção para você.— deu de ombros enquanto sorria.
Ela se aproximou do mais alto, Ficou na ponta dos pés enquanto se apoiava no garoto e contraiu seus lábios contra os dele, num gesto delicado e lento.
— tá afim de fazer uma maratona de filmes de terror?— ele sugeriu.
— o quê? Pensei que você não gostasse disso.— estranhou.
— e não gosto, mas sei que você gosta, então...— deu de ombros.— a Samantha convidou algumas pessoas pra uma noite de terror lá em casa, inclusive vim chamar o seu irmão também.
— tá bom, entra aí.— deixou a porta aberta e entrou, acompanhada do namorado.— Robby,— chamou o irmão.— tá afim de uma maratona de filmes de terror na casa dos LaRussos?