Branco não, eu prefiro vermelho - Drakon's I

Capítulo 11 - Um novo capítulo

Zarina Denovan

Ivan volta minutos depois com um par de roupa, uma calça de moletom larga e uma regata preta feminina - assim como a calça.

- São da minha mãe e estão limpas - Ele diz ao me entregar - Se limpe e saia quando estiver confortável e pronta. - Ele me entregou um saco de lenços demaquilantes, provavelmente sua mãe disse que eu precisaria

Ele fechou a porta, logo me virei e comecei a retirar o vestido, coloquei a roupa que foi me dada e em seguida passei um pouco de água no rosto e com a ajuda dos lenços retirei toda a maquiagem.

Respirei fundo antes de pegar meu vestido no chão e sair da pequena cabine.

- Você está bem? - perguntou-me Gabriel, o outro irmão de Ivan, mais velho que Lucca se não me engano.

- Estou. - Disse por fim.

- Deixa isso comigo, Gatinha - Lucca falou de forma carinhosa e não maliciosa, e logo tirou de minhas mãos o vestido vermelho e o pacote de lenços demaquilantes.

Eu me sentei ao lado de Ivan, de frente para os acentos de meus cunhados, e ao nosso lado, do outro oposto do corredor ficavam Richard e Isabel.

- chto budet teper'? - O que vai acontecer agora?

Gabriel disse sem expressão.

- ona ostanetsya so mnoy - Ela vai ficar comigo

Ivan respondeu seu irmão, eles estavam falando russo... franzi o cenho, e então percebi, eles não sabiam que eu também falava. Por isso essa troca de idioma repentina, eles queriam que eu não soubesse o que estão falando.

Fingi que não sabia sobre o que se tratava, olhei para minhas mãos e depois segui o olhar para meus braços... tomei fôlego antes de erguer meu olhar para Lucca sentado em minha frente.

- Vai ficar tudo bem, Gatinha... - O mesmo carregava um olhar triste. - Estamos aqui.

Isso me fez rir.

- É claro - falei sarcástica.

Sou prometida ao Ivan Petrov, e toda família petrov, desde que tenho três anos, mas só agora, a dois dias do casamento, eles se importam... chega a ser irônico.

Todos me encaravam, e mesmo depois de voltarem a conversar sobre outros assuntos, a cada dez segundos um deles me olhava descaradamente conferindo minhas expressões e pelo que parece... se eu estava bem.

Quando pousamos na Rússia, pela manhã, e a porta da pequena nave foi aberta, um vento frio entrou tão fortemente que me encolhi de forma involuntária.

- Aqui. - Gabriel me deu um casaco grande, provavelmente dele, antes de sair do jato sem me dar tempo de agradecer.

Visto o casaco grosso e fecho o zíper até encima.

- Aqui, querida, ou ficará sem os pés - Isabel me entregou umas de suas botas de neve que era forrada por dentro.

- Obrigada.

Após todos saírem, senti Ivan tocando meu ombro e me empurrando levemente, avisando que estava na hora de irmos também.