Branco não, eu prefiro vermelho - Drakon's I

capítulo 12- amizade e confiança

Zarina Denovan

Foi me apresentada a enorme casa, a residência passa uma imagem de antiga do lado de fora mas ao entrar é mais tecnológica do que eu poderia imaginar, mesmo assim, móveis escuros de madeira decoram grande parte do casarão.

Ivan me mostrou aonde ficava cada cômodo, a área dos quartos era um grande corredor cheio de portas, mas o quarto principal - o de ivan e daqui dois dias meu também - Fica em uma área diferente, é mais afastado e é gigantesco.

Meu noivo disse que eu poderia ir para seu quarto desde hoje, caso eu me sentisse confortável, ou então, poderia passar esses dois dias em um dos quartos livres. Optei pela segunda opção, me sentiria mais confortável me preparando mentalmente esses dois dias para compartilhar a cama, coisa que só fizerá antes com minha irmã e sobrinho, pouquíssimas vezes.

- Você pode mudar, decorar ou tirar o que desejar da casa - Ivan falou assim que chegamos ao fim do tour - É sua.

- Claro, se ver algo de que eu não goste lhe aviso.

- Não. - ele retrucou me fazendo ficar confusa.

- Não?

- Não me avise, se está me avisando é para receber uma permissão e você não precisa de permissão, diga a Robin ou qualquer um dos homens e eles farão o que você deseja.

Apenas concordei com a cabeça. Eu entendo que é natural que as mulheres dentro de qualquer máfia fosse a dona da casa, ela quem decide a decoração ou móveis. Mas, mesmo em minha casa... minha antiga casa, mamãe perguntava se meu pai concordava com as mudanças.

Mas não protestei, era melhor que ele não quisesse que eu perguntasse tudo o que poderia ou não fazer, o casamento vai funcionar melhor assim.

- Só tenho mais um lugar a te mostrar. - Ivan disse já seguindo o caminho, não me dando chance de perguntar nada.

Quando ele abriu as duas portas pensei que era ali que o céu ficava, droga... eu esperava que ele guardasse as portas do inferno e não do paraíso.

Uma grande e iluminada biblioteca estava ali, dois andares, as paredes repletas por livros e no meio sofás e pufes, e em frente a janela uma mesa grande e cadeira aparentemente muito confortável. Tinha também um frigobar vermelho, seguindo a paletas de cores do cômodo, ao lado da mesa.

Um refúgio, eu podia ver isso.

É perfeito.

- É sua.

- O que? - eu me virei rápido para encarar Ivan

- Eu costumo ler livros digitais mas sei que você não. - Ele apontou para o cômodo - É sua, mude o que desejar, compre os livros que quiser e passe o tempo que precisar aqui, não será incomodada a não ser que seja necessário.

- Um refúgio - Eu deixei escapar em voz alta, ainda em choque pelo que acabei de ouvir.

- Todos precisamos de um.

- Aonde é o seu? - Eu perguntei a ele.

- Eu ainda não achei.