O Preço da Desobediência📿

Capítulo 6° O pedido

    Ainda não comentei com a minha amiga sobre a festa que o Lucas havia mencionado. Se eu falasse com ela no mesmo dia que o meu namorado contou, ela ficaria muito animada, mas eu nem sei qual será a reação dos meus pais.

   Fico perdida ouvindo música no celular enquanto às horas se passam, mas como era de se esperar, a minha amiga veio falar comigo para saber se eu estava bem.

— Você ficou o dia todo na sua... não quis fazer mais nenhum passeio.

— Estou bem... só estou ansiosa com uma coisa - levantei um pouco.

— O que seria?

— Vamos a uma festa, o Lucas vai nos levar, eu só não sei se os meus pais vão concordar...

— Você já é de maior — Deu de ombros.

— Mas eu não me governo.

— É só você largar o papo e pronto. Agora vamos... quando será a tal festa? Pois, eu to muito afim de ficar com alguém.

— E quando você não está afim?
- Cruzei os braços.

— Têm vezes que quero ficar na minha.

— Tá bom… eu vou conversar com o Lucas para ele falar melhor sobre essa festa.

— Ótimo, já vou separar a minha roupa.

Ela vai até a sua mala, dando pulinhos. Fiquei rindo pela animação dela. Parei um pouco de ouvir música para falar com o Lucas.

 Durante a conversa ele contou-me tudo sobre esse lugar e não parecia nada de mais até... não era aquelas festas top paredão como os baianos gostam de falar. Seria mais como um rolê. Mas mesmo assim o Lucas disse que subiria para explicar para os meus pais. Como ele mesmo disse, seria o mais certo a se fazer, mas eu não deixei de separar um vestido de alça que era aberto nas costas e tinha um decote discreto na frente. A cor desse vestido era vermelho e ficava acima dos meus joelhos. A minha amiga optou por um amarelo que tinha um corte na perna, todavia o decote do seu vestido era maior… ela já está indo na intenção.

*****

— Por que vocês estão arrumadas assim? - Perguntou a minha irmã.

— Não está óbvio? Vamos sair daqui a pouco. O Lucas vai chegar para nos buscar.

— E você pensa que o papai vai deixar?

— Acho sim senhora — gesticulei com a cabeça em positivo.

— Ah tá! veremos. — Sorriu, e saiu do quarto em seguida.

 O Lucas mandou mensagem dizendo estar vindo com um amigo seu. Ele também disse que esse amigo dele estava de carro para facilitar mais as coisas... só espero que esse amigo dele fique sóbrio, caso contrário prefiro nem voltar com eles.

****

 Saímos do quarto com as nossas bolsas e parecia que o meu pai estava de tocaia, pois assim que viu nós duas, ele levantou-se rapidamente para tirar satisfação.

— Posso saber onde vocês vão?

— Claro tio. Fomos convidadas para uma festa.

— Isso a Vitória já me contou. — Foi seco na sua resposta.

— O Lucas vai explicar quando ele chegar — Disse para o meu pai.

— Sempre ele... eu poderia não deixar vocês saírem.

— Poderia não, pois não somos crianças. O Lucas só vai dizer aonde vamos. A gente vai ficar bem e as nossas coisas estão na bolsa. - Tentei mostrar tranquilidade para ele entender que não seria nada demais.

 Não demorou para a companhia ser tocada, entregando que era Lucas.

— Deixa que eu atendo - Avisou o meu pai.

*****

 Conseguir perceber o olhar do Lucas. Ele não esperava que fosse meu pai que abriria a porta, no entanto, ele recompôs-se quando o meu pai abriu espaço para ele entrar.

— Boa noite! sogro, eu gostaria de pedir uma coisa ao senhor..., na verdade gostaria de informar.

— Pedir não seria melhor? - Indagou o meu pai.

— A sua filha sempre gosta de lembrar que já é de maior, e eu também acho que ela pode decidir sozinha se quer ou não... — Falou com as mãos nos bolsos da sua (bermuda) jeans que também tinha uns cortes.

— Quanta cara de pau, tá corajoso demais pro meu gosto, moleque.

— Não se trata disso, é só a realidade
— Deu de ombros, tentando se manter firme... nunca vi o Lucas tomando está atitude, confesso que gostei muito.

 — Prometo ao senhor que vou trazê-la de volta e inteira. Na verdade, as duas. O lugar que nós vamos não é longe daqui — Sorriu fraco e depois de um tempo sem resposta, o meu pai deixou eu ir com ele, mas também não disse nada para mim do tipo: quando eu deveria voltar. Ele apenas me olhou atravessado, coisa que não é pra tanto, ainda sim, eu sentir algo estranho, contudo eu decidir ignorar, pois eu finalmente ia ter bons momentos com o Lucas.

Continuaaa