33 | Guerra de almofadas.

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Ele deixou o carro em um espaço na frente da casa, imagino que seja uma garagem descoberta ou algo assim.

Com certeza há um ano atrás eu nunca estaria imaginando esse momento, não sabia quem era Blake e agora estou entrando na casa dele e permitindo que aos poucos ele entre no meu coração. O tempo é uma loucura.

- Está com fome? - perguntou assim que fechou a porta quando ambos entramos na sala.

- Não. - respondi tirando o meu tênis e colocando junto a uma fileira de tênis que estava do lado da porta. Ele fez o mesmo.

- Vou considerar isso como um sim, sabe como é, depois de tudo isso acho que entupir você com comida não faça mal. - ele disse e eu sorri ao mesmo tempo que revirei os olhos.

- Minha mãe subornou vocês? Porque todos estão agindo como se fossem ela. - falei.

- Talvez... - disse.

- Sério? - perguntei.

- Não. - ele riu.

- Besta. - ri de volta e dei um empurrãozinho no seu ombro.

Ele foi andando até a cozinha e eu parei no meio da sala quando senti meu celular vibrar no bolso do meu short.
Era apenas uma mensagem de Louise perguntando se eu tinha chegado viva em casa. Avisei que estava com Blake e ela disse que estava com Scott, o que já era óbvio.

Guardei o celular de volta e fui para a cozinha também.

- Espero que goste de chips de batata doce. - Blake falou puxando dois pacotes de salgadinho integral de batata doce do armário.

- Obrigada, gosto sim. - agradeci quando ele me entregou um.

- Ainda são 23h, quer fazer alguma coisa ou ir dormir? - perguntou.

- Você é o dono da casa, você que manda. - respondi.

- Você é a convidada, você que manda. - respondeu de volta.

- Se você quiser dormir podemos dormir, mas se quiser ver um filme, série ou só conversar para passar o tempo... - falei.

- Acho que podemos só ficar conversando até o sono chegar. - falou.

- Ok então. - concordei enquanto saíamos da cozinha.

Atravessamos a sala e subimos as escadas até o andar dos quartos. Quase entrei no quarto de hóspedes, mas ele estava na frente e foi direto até seu próprio quarto, então segui ele.

- Às vezes eu esqueço do quão grande é a caverna que você chama de quarto. - falei depois que ele fechou a porta. - Só a sua porta já deve ser do tamanho do meu quarto inteiro.

- Não exagera, o seu quarto é enorme também. - falou indo em direção a uma porta de vidro dentro do quarto.

- É grande, mas o seu é o dobro. - falei.

- Talvez. - ele respondeu lá do mini quarto dentro do quarto normal, acho que lá é o closet. Um closet do tamanho de um quarto clássico.

Sentei em uma poltrona preta que ficava na frente de uma escrivaninha também preta, o que será que não é preto aqui dentro?
Me lembrei do quadro com a flor dentro e procurei em volta até que achei ele, porém não estava no mesmo lugar de antes. Estava apoiado na sua mesinha de cabeceira.

- Blake? - chamei por ele.

- Estou indo. - respondeu.

Segundos depois ele apareceu, na mão ele carregava um cobertor dobrado e em cima tinha uma blusa preta dobrada, uma escova de dentes em um saquinho e um par de meias pretas.

O Garoto Da Pista De Skate Where stories live. Discover now