36 | Pratos exóticos.

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O restaurante era lindo. Eu conseguia me sentir na Europa só de estar no estacionamento.

Mas além de lindo, era chique. Dentro do local havia várias mesas, grandes, pequenas, médias, banquetas no bar pra quem quisesse curtir sozinho. Tinha todo tipo de estilo por ali.

Escolhemos uma mesa de duas cadeiras na varanda do restaurante, que ficava a beira mar, então estávamos com a vista do oceano a poucos metros de nós.

- Aqui é lindo. - falei.

- É mesmo, passei um tempão procurando por um restaurante desse tipo. - disse.

- O mar é tão lindo que dói. - comentei.

- Sim, é perfeito demais para ser real. - falou, e ficamos olhando a paisagem por um bom tempo.

Um garçom apareceu com o cardápio depois de uns minutos e nos deixou escolher com calma.

- O que acha da gente arriscar algum prato diferente hoje? - perguntou.

- Hmmm, não sei não. - falei.

- Vai ser legal, eu adorava fazer isso quando era criança. - disse.

- Tá bom, tá bom. Vou escolher um bem diferente. - falei.

Ficamos um bom tempo procurando, até que ele quebrou o silêncio.

- Tá, achei o meu, vai ser um Tartar de camarão com manga e creme de abacate.

- Eca. - falei.

- E o seu?

- Acho que vou querer um gnocchi de berinjela com molho de banana e frango.

- Berinjela com banana? Eca. - ele disse e riu depois. - Quero ver quem vai desistir primeiro.

- Só queria meu macarrãozinho com trufas, só isso. - fingi cara de choro e ele riu mais ainda.

- Vou até filmar você misturando berinjela com banana e frango.

- Nem se exibe, você vai comer camarão com abacate e manga! - falei rindo.

- Aposto que é melhor que o seu.

- Duvido. - ele disse.

Blake esperou o garçom passar por perto para pedir que ele viesse até nós. Fizemos os pedidos e o rapaz disse que o tempo de espera pra esse prato era maior porque ninguém pedia, então ele nos ofereceu algumas entradas como cortesia.

As entradas chegaram um pouco depois. Tinham alguns mini pastéis, um pouco de salada, dadinhos de tapioca com pimenta e mini porções de ceviche.

Rimos muito enquanto comemos as entradas. Conversamos bastante também.

- Não acredito que você tinha medo do papai noel, juro que nunca na minha vida tinha ouvido alguém falar isso. - ele disse rindo.

- Não é bem um medo, mas vai dizer que não acha os papais noéis estranhos? - perguntei balançando as sobrancelhas.

- Tá, talvez eles sejam estranhos, mas não deixa de ser estranho você ter medo deles. - ele rebateu.

- Tenho certeza que você tem algum medo bobo e quando eu descobrir vou fazer questão de esfregar na sua cara. - falei em um tom ameaçador e ele fingiu que estava com medo, mas ele com certeza segurou a risada.

- Olha, não é um medo bobo, em minha defesa. Mas quando eu era pequeno, eu morria de medo de tomar banho. - ele disse e eu ri tanto que achei que ia ficar sem ar.

- Não acredito nisso, é sério? E você não tomava banho? - perguntei.

- Tomava, mas sempre com minha mãe junto. Esse medo passou quando eu tinha uns 6 ou 7 anos. - disse.

O Garoto Da Pista De Skate Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang