34 | Brazilian Party.

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Acordei com fome. Mas em compensação me senti revigorada com um sono tão bom.

Quando olhei para o relógio já eram por volta de quase 12h, e Blake não estava mais do meu lado. Senti uma pequena sensação de vazio com esse pensamento, mas deixei para lá.

Me levantei e fui até o banheiro, fiz o que precisava fazer e voltei para o quarto em questão de uns 10 minutos.

Já no corredor, desci as escadas e me deparei com uma casa silenciosa e vazia. Mas havia um cheiro maravilhoso de comida japonesa.

Andei alguns metros até a cozinha e vi de longe duas caixas de sushis e outros acompanhamentos japoneses em cima da mesa.

- Blake? - perguntei, até então, para o nada.

- Oi! - ouvi ele gritar de longe.

Ele estava em casa, pelo menos.

Segui a direção da voz e acabei na área da piscina, mas ele não estava lá.

- Cadê você? - perguntei.

- Aqui! - ele gritou de novo.

Como se eu fosse muito adivinhar onde ele estava, né?

Girei sobre meus calcanhares na direção da voz e descobri vir de uma porta que eu não tinha reparado antes. Andei até lá e juro que foi impossível manter meu queixo no lugar.

Eu definitivamente não imaginava que veria aquilo, portanto, o choque estava estampado na minha cara.

A imagem na minha frente era uma área da casa dele que eu nunca tinha visto. Uma quadra de futebol particular e mais ao lado uma academia feita de vidro.

Ele estava fazendo abdominais no gramado e aquilo fez meu queixo cair mais ainda, e talvez eu nem precise explicar o motivo.

- Você tem uma quadra de futebol em casa ou eu estou vendo errado? - perguntei.

- Tenho. - respondeu ofegante, assim que terminou sua série de repetições.

- Eu jamais imaginei que aquela portinha escondida daria a isso. - falei.

- É. Projetaram essa área para ser exatamente assim, escondida do outro lado do terreno, gosto assim, posso treinar em paz. - ele falou.

Fiz uma cara de quem estava impressionada e dei uma volta pelo espaço.

Meus olhos sendo atraídos para a academia totalmente visível para quem estivesse na quadra, já que era inteiramente de vidro. Lá dentro eu podia ver que haviam vários aparelhos e pesos diferentes.

- Não sei nem o que falar. - comentei e pude ouvir sua risada fraca do outro lado da quadra.

- Está com fome? - ele perguntou.

- Um pouco. - respondi.

E então ele tombou sua cabeça em direção a porta. Sabendo que ele queria dizer que deveríamos ir almoçar, saí do meu transe na academia e o segui para fora da quadra.

Já na cozinha, ele perguntou se eu queria fazer alguma coisa hoje e eu disse que por mim qualquer coisa estaria bom.

- Eu descobri que tem uma espécie de balada brasileira aqui na Califórnia, é no litoral, mas podemos ir se você quiser. - falou e meus olhos brilharam.

Não sou a maior fã de dançar, mas pensar em uma balada brasileira me faz lembrar de todos os momentos que dancei músicas do Brasil sozinha em meu quarto.

- O quão longe é? - perguntei.

- É na praia, mas não tão longe quanto a que fomos aquela vez. - respondeu.

O Garoto Da Pista De Skate Where stories live. Discover now