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Tudo culpa dele!

Reta final - Antepenúltimo.

- Para onde estamos indo, amor? - Perguntei olhando ao redor tentando reconhecer o lugar, mas só havia mato e mais mato com estrada de barro. Sim, estou ficando com medo. Por mais que eu esteja com Taehyung.

- Você já me perguntou isso umas sete vezes, Jagi. Já estamos chegando. - Respirou fundo tentando manter a paciência. É realmente engraçado já que sou insistente pra caralho quando quero saber de algo.

- Você também já falou isso umas sete vezes e nunca chega. É só mais estrada e estrada. - Resmunguei.

- Jungkook, pelo amor que você tem a sua vida, me deixe dirigir em paz, hu? - Engoli seco. - Ou eu te deixo na estrada.

- Calminha, taetae, não precisa ficar estressado, mas eu queria saber. Oras, você está me levando para dentro do mato, vai que você está com segundas intenções com o meu corpitcho gostoso.

- Jungkook! - tentou ficar sério, mas vi um sorrisinho brotando em seus lábios. - Você é um idiota.

- O idiota que você ama. - Estufei o peito.

- Isso é você quem está dizendo.

- Taehyung! - Virei para o outro ofendido.

- Chegamos. - Apontou para o casarão que mais parecia uma igreja de filme de terror. Franzi o cenho tentando identificar porque diabos tem uma casa no meio do nada e porque Taehyung me trouxe aqui. - Não tente adivinhar, só vamos.

Saí do carro desconfiado olhando para todos os lados tentando achar uma saída caso dê merda. Taehyung se divertia com meu estado de lado, pegou em minha mão e tocou a "campainha" fazendo um "Bum, Bum, Bum" do sino enorme tocar e meu coração fazer "Bum, Bum, Bum" igual, só que mais acelerado. Engoli seco sentindo minhas mãos suarem.

- Amor, você está pálido. Está tudo bem? - Tocou em minha testa com uma feição preocupada.

Quando eu ia responder um grito soou de dentro daquele lugar me fazendo gritar igual uma menininha e pular no colo de Taehyung.

- Va-va-vamos embora, amor. Esse lugar é mal assombrado. - E com isso Taehyung começou a rir, apertando minhas coxas ao redor da sua cintura. - Para de rir, Taehyung. Está ouvindo os gritos? Estão matando as pessoas.

- Jungkook - Riu ainda mais e eu choraminguei me prendendo mais a ele quando o mesmo tentou me pôr no chão. - Não tem nada de assombrado aqui.

- Tio Tae! - Gritaram e até mesmo Taehyung se assustou. - Quem é esse tio? - Olhei pra baixo e me deparei com uma garotinha. Tinha aproximadamente quatro aninhos e era ruiva. - Desce, só eu posso ficar no colo do tio tae! - Fez um biquinho choroso. Ri um pouquinho antes de descer do colo do meu marido para a piolhenta subir e abraçar ele. - Titio, que saudades!

- Hanie, que saudades! - Abraçou a criança e rodopiou.

A minha calma e a bolha de felicidade de Taehyung e "hanie" se foi pelo ralo com uma tosse forçada atrás de nós três. Novamente eu tremi na base.

Não, eu não sou medroso, mas também não sou de ferro. Estou no meio do nada e cada segundo aparece alguém diferente como se fosse uma alma penada.

- Senhor Kim? - Uma voz grossa afeminada surgiu bem do meu lado. Arrepiou até os cabelos de onde o sol não bate. Engoli seco apertando a minha calça.

- Madre! Que saudades da senhora. - Engoliu seco também.

Olhei para o lado e a mulher estava com uma cara nada legal e os braços cruzados. Vix, Taehyung se fodeu e não foi nem do jeito que ele queria.