38_ Jogos mortais.

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Meu objetivo era realmente deixa-los trancados lá por um tempo assim como ela fez comigo me trancando com o Saulo no banheiro, na sala de aula, no quarto dele, no quartinho do faxineiro e no porão da casa da Dafine. Porém, assim que pisei no primeiro degrau da escada a luz voltou. 

Os gritos de animação do pessoal no andar debaixo soou e eu bufei. 

ㅡ Perola!!! Abre aqui!!! ㅡ Priscila gritava do banheiro enquanto a voz de Pedro nem era ouvida. 

Voltei a porta e destranquei a mesma. Priscila saiu de lá quase que pulando em mim, já Pedro, estava sentado sobre a tampa fechada do vaso com aquela cara de taxo dele. 

ㅡ Eu vou matar você... ㅡ Ela murmurou baixo para mim. 

ㅡ Ué, tu que pediu a minha ajuda. ㅡ Dei com os ombros. ㅡ E por que ficou gritando igual uma maluca? Você estava morrendo, por acaso? ㅡ Ela revirou os olhos e Pedro se levantou. ㅡ Vê se ele ficou berrando! 

ㅡ E eu faria isso por que? ㅡ Pedro saiu do banheiro com seu ar despreocupado. ㅡ Fiquei trancado no escuro com uma gata, acha que eu queria sair? ㅡ Ele riu e desceu as escadas. 

Olhei para Priscila que estava com os olhos arregalados e as bochechas completamente vermelhas. 

ㅡ Viu, sua tonta! Por que não tascou um beijo nele ao invés de ficar berrando? ㅡ Comecei a rir. 

ㅡ Ele disse que eu sou gata. ㅡ Ela abriu um sorriso como quem nem tinha ouvido o que eu havia dito. Como quem havia parado de escutar tudo depois do meu irmão ter dito " gata ". ㅡ Ele me acha gata. ㅡ Ela disse empolgada. 

ㅡ Vamo lá pra baixo logo! ㅡ Agarrei o braço dela impaciente e a puxei enquanto ela sorria feito boba apaixonada. 

Passamos pela sala de jantar onde Paulo havia voltado a estudar e entramos na sala que estava uma bela de uma zona. Eu não faço ideia de onde eles haviam tirado tantas cobertas, mas tinham muitas espalhadas pelos sofás. A mesa de centro estava coberta por pacotes, tanto abertos quanto fechados, de salgadinhos, doces, biscoitos e todas essas besteiras que se encontram nas lojas americanas. Sem contar os chocolates. 

ㅡ Vocês estão destruindo a minha casa. ㅡ Me sentei no sofá ao lado de Saulo que mexia em seu celular. 

ㅡ Saulo disse que vai arrumar tudo depois. ㅡ Gabriel respondeu. 

ㅡ Eu não me lembro disso não, eu nem estava aqui quando fizeram essa bagunça toda. ㅡ Saulo tentou se defender. 

ㅡ Eu lembro perfeitamente de você dizendo que a Perola é o amor da sua vida e por isso você ia arrumar toda nossa bagunça para ela não levar bronca dos pais dela. ㅡ Dafine replicou.

ㅡ Eu também lembro disso. ㅡ Maicão concordou. ㅡ Como ele é um bom namorado, não é? Cavalheiro e prestativo. Esse é pra casar em, Perola! ㅡ Ele assentiu apontando para Saulo. Saulo apenas balançou a cabeça rindo.

ㅡ O que vai colocar? ㅡ Perguntei ao notar que Dafine estava escolhendo um filme. 

ㅡ Eu não sei, não conseguimos decidir nada. Eu quero ver comédia, Priscilão quer ver animação, Maicão algum filme de terror e mortes, Gabriel quer ação, Saulo mistério e Pedro quer ver novela mexicana. ㅡ Dafine respondeu desanimada. ㅡ Desempata aí, Perola. 

ㅡ Ixi, não vai dar. ㅡ Fiz uma careta. 

ㅡ Por que? ㅡ Todos perguntaram juntos. 

ㅡ Porque eu quero romance. ㅡ Geralmente eu não era muito fã de assistir romances, muito menos aqueles água com açúcar, doramas eu até suportava, mas filmes ocidentais eu não era tão afim. Porém, naquela noite, eu estava numa vibe mais romance, sim. 

As Regras do Amor Vol. 1Onde as histórias ganham vida. Descobre agora