𝘁𝘄𝗲𝗻𝘁𝘆.

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G.M, 16/04/2022
Los Angeles, CA

Meus pais fizeram uma reserva para sete na Casa Vega, um restaurante mexicano bem conhecido aqui em Los Angeles. Não tem nenhuma chance de eu ir no carro deles, mas também estou estranhamente nervosa para ir sozinha no meu próprio carro.

Solução simples: vou com Vinnie, no carro dele.

A reserva é para às sete, e agora são seis e meia. Me recuso a colocar um vestido por nenhum motivo específico, e coloco um conjunto de calça e blusa de manga longa brancos, e um par de tênis. Eu tenho certeza de que esse jantar não vai durar mais que trinta minutos, então não vou me torturar com saltos.

Maggie não está, mas vai dormir aqui hoje. Ela vai sair com uns amigos produtores, mas prometeu que voltaria antes das uma. Então, quando alguém bate na porta, sei que não é ela.

Abro a porta, dando de cara com Vinnie. Ele está usando uma camisa social parecida com a que usou quando fomos jantar no Buca di Beppo – o restaurante italiano –, uma calça, presa por um cinto, e sapatos sociais. Tudo preto.

─ Você tá indo pra algum enterro? ─ pergunto, dando passagem para ele entrar.

─ Esse pode muito bem ser o meu último dia de vida. ─ ele dá de ombros, olhando em volta. ─ Apartamento legal.

─ Não precisa se preocupar com os meu pai. ─ falo, voltando para o banheiro, onde eu ainda estava arrumando o cabelo. Ele vem atrás, parando no batente enquanto eu fico em frente a pia. ─ Ele vai, no máximo, ser passivo-agressivo. 

─ Não sei se isso me deixa mais tranquilo ou não. ─ ele resmunga. 

Pego a escova e enrolo nas pontas do cabelo, então olho para ele pelo espelho.

─ Você tá dez minutos adiantado. ─ falo, passando a escova.

─ Não quis correr o risco de me atrasar.

Dou risada, balançando a cabeça.

─ Gigi? ─ ele me chama, e olho direto para ele agora, dispensando o espelho. Vejo ele apertar as mãos juntas. ─ Tô nervoso.

Abaixo a escova, colocando em cima da pia, e suspiro.

─ Eu também. ─ contenho a vontade de esfregar o rosto, porque já passei maquiagem nele. ─ Em uma escala de um a dez, quão desagradáveis seus pais são?

─ Depende muito da situação. Nessa, eu diria que dois, no máximo. ─ ele responde. ─ E os seus?

─ Sete? Oito? Não sei. ─ apoio as mãos na pia. ─ Meu pai é... difícil de lidar, mas minha mãe é mais tranquila... Quando quer.

─ Talvez nossos pais acabem falando sobre negócios e nossas mães planejando o quarto dos bebês.

─ Espero que você esteja certo.

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