𝘁𝗵𝗶𝗿𝘁𝘆 𝘁𝗵𝗿𝗲𝗲.

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G.M, 08/07/2022
Los Angeles, CA

Vinnie chegou mais tarde em casa hoje. Bem mais tarde. Muito mais tarde.

─ Gigi? ─ ele me chama, assim que entra no quarto. ─ Tá acordada?

Sim, mas não respondo. Ao invés disso, fecho bem os olhos e fico em silêncio.

Ele não me chama de novo. Escuto ele abrir a porta do banheiro e ligar o chuveiro. Cinco minutos depois, ele volta, cheirando a sabonete líquido e pasta de dente.

Estou de costas para o lado dele da cama, mas isso não o impede de se deitar e grudar o corpo no meu.

Decido "despertar".

─ Que horas são? ─ pergunto, e não estou fingindo o tom sonolento que sai.

─ Quase meia noite. ─ ele sai do treino seis horas. ─ É aniversário de um dos caras do time, saímos pra tomar uma cerveja e acabei perdendo a noção do tempo.

Imediatamente, volto para três meses atrás, naquela after-party. Maddy me disse que o nome da garota é Cindy, e que ela e Vinnie já ficaram mais de uma vez – e que ela não tem um pingo de amor próprio e vive atrás dele.

─ Ok, boa noite. ─ enfio o rosto no travesseiro e fecho os olhos de novo.

─ Tá tudo bem, Gigi? ─ apenas murmuro um simples "uhum". ─ É por que eu esqueci de avisar que chegaria mais tarde? Me desculpa...

─ Você não me deve nada, Vinnie. ─ murmuro, com a garganta ardendo. Não de choro. Não sei exatamente o motivo também.

Ele segura o meu ombro com uma mão e puxa até que eu esteja com as costas no colchão e o rosto pra cima.

─ Eu te conheço, Gina. O que tá rolando?

Não olhei para ele. Sabia que não aguentaria.

─ Hormônios. ─ é uma desculpa de merda, eu sei. ─ Não é nada demais. Vamos dormir.

Ele não me solta, então não posso me virar.

─ Gina. ─ suspiro, então abro os olhos na direção dele. ─ Se você não me contar o que tá rolando, não vamos conseguir resolver isso.

Eu odeio que ele seja compreensivo. E carinhoso. E responsável. E tudo o que me faz amá-lo.

Eu descobri isso há uns dias. Que eu o amo. Mas ainda tenho esse medo de que, assim que os hormônios relaxarem, vou perceber que era só carência e não quero magoá-lo com a minha confusão sentimental.

Mas eu amo a Maggie, e nunca beijei ou transei com ela. Posso amar este homem, independente disso. Então, sim, eu o amo. Romanticamente? Ainda não descobri.

─ É bobeira minha. Juro. ─ sorrio fraco, e ele respira aliviado.

E eu não menti. Como daquela vez, não tenho direito nenhum de cobrar absolutamente nada dele. Ele ficou um tempo fora hoje, e esqueceu de me avisar. Ponto.

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