𝘁𝘄𝗲𝗻𝘁𝘆 𝘁𝘄𝗼.

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V

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V.H, 17/04/2022
Los Angeles, CA

Eu não sou idiota – não completamente. Tá na cara que Gina está incomodada com alguma coisa, e eu quero saber o que é, porque tenho quase total certeza de que faço parte do motivo.

─ Gina. ─ chamo o nome dela, enquanto ela olha para a porta, provavelmente pensando em sair. ─ Você quer ir embora? Eu posso te levar. Você tá se sentindo mal?

Ela balança a cabeça e molha os lábios com a ponta da língua.

Não você não quer ir embora ou não você não tá se sentindo mal?

─ Nenhum dos dois. ─ ela dá de ombros. ─ Eu vou voltar para a festa agora, a Maggie...

─ A Maggie sabe que eu estou com você. ─ falo. ─ Eu pedi pra ela sair, pra eu me trocar, e disse que desceria com você depois disso.

─ Ok, então se troca e vamos descer. ─ ela diz, mais ríspida.

Cerro os olhos.

─ Você não quer descer? ─ pergunto.

─ Quero. ─ ela responde. ─ E você também, certo? Então anda logo.

Balançando a cabeça, vou até o guarda-roupa e tiro outra camiseta de lá, vestindo. Faço o mesmo com a calça jeans, e quando estou vestido, Gina já está a caminho da porta.

─ Você não tá bem, Gina. ─ me aproximo dela, ficando entre ela e a porta, para ela não fugir da conversa. ─ Tem certeza de que não quer conversar, ou sei lá?

─ Tenho. Só... vamos descer. Eu volto para o banco no balcão e você... ─ ela se interrompe, percebendo o que está dizendo.

─ E eu... o quê? ─ questiono, baixo. ─ Eu fiz alguma coisa? Se fiz, você precisa me dizer, Gigi, então nós resolvemos o problema.

Ela suspira profundamente e se afasta, caindo sentada na ponta da cama.

─ O problema sou eu. ─ ela responde, com frustração.

Me aproximo dela mais uma vez, me abaixando para poder olhar em seu rosto mais facilmente.

─ Você quer falar sobre isso? ─ pergunto, cuidadosamente.

Ela olha no fundo dos meus olhos, e sei que ela está pensando se me conta qual é o problema, ou se levanta e sai do quarto. Felizmente, ela escolhe a primeira opção.

─ É ridículo, mas... Eu fiquei com ciúmes, quando te vi com aquela garota lá embaixo. 

Levo quase um minuto inteiro para raciocinar as palavras dela. Então me lembro que, quando ela apareceu para pedir a chave, eu estava com Cindy. Abro a boca para falar, mas ela é mais rápida.

─ Não precisa... Não precisa dizer nada, nem se explicar ou qualquer coisa assim. ─ ela diz, apressada. ─ Eu sei que não tenho direito nenhum de... ─ não deixo ela terminar de falar, porque meu cérebro simplesmente expulsou qualquer pensamento da minha mente e eu achei que fosse uma boa ideia simplesmente... beijá-la. Então foi o que eu fiz.

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