17.

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Pat tocava cada centímetro de seu corpo como se pintasse uma obra de arte. A todo tempo, era delicado e preciso. A cada mísero som que escapava dos lábios alheios, mais era encorajado a continuar, e até sua respiração parecia sofrer com a agonia de desejá-lo incansavelmente, de querer mais a todo momento. Para Pran, bastou ser deitado sobre o colchão para deixar ir embora toda a timidez que um dia existiu. Não faziam questão de interromper aquele beijo por nada nesse mundo, e tinham certeza de que tal decisão seria a melhor que tomariam por um bom tempo.

Pran, com seus dedos singelos, descobriam outra vez, pedacinho por pedacinho e sem pressa alguma o corpo de Pat. Sua parte preferida de tocar era definitivamente seu tronco. Ele por inteiro. Seu pescoço, seus braços, seu peito, suas costas, seu abdômen... nada ali tinha nenhum defeito, exceto a blusa que ele vestia. Por coincidência, como se pudesse ler sua mente, Pat sorriu, sussurrando contra seus lábios:

ㅡ Quer que eu tire?

Pran se surpreendeu pela rápida percepção, sorrindo ao assentir com a cabeça.

ㅡ Por favor...

Sem necessidade de pensar duas vezes, Pat arrancou a peça de seu corpo, sorrindo simplesmente por ver a reação de Pran, que nunca soube esconder o que sentia. Seus olhinhos brilhavam, vidrados no corpo alheio como se estivesse hipnotizado. Um sorriso ainda dançava em seus lábios, e se não fosse por Pat segurando seu queixo para chamar sua atenção, poderia ficar ali parado por horas.

ㅡ Gosta disso tanto assim?

ㅡ Dá pra ver?

ㅡ Dá. - o mais alto sussurrou, o fazendo rir fraquinho. O mais novo então envolveu novamente os braços ao redor de seu pescoço, fazendo questão de que não se afastassem. Seus olhos pareciam perdidos, indecisos entre os olhos de Pat e sua boca. Ambos eram irresistíveis, cativantes. Queria, em algum momento de sua vida, parar só para observá-lo assim, admirar os detalhes de seu rosto e decorar cada um. Mas agora tinha algo mais urgente a ser feito, algo que adora fazer: Aprender.

ㅡ Pat... eu nunca fiz isso. - admitiu, por mais incrível que pareça, sem corar ou tentar desviar o olhar. ㅡ Pode me ensinar?

ㅡ Esse é meu trabalho, estrelinha...

Deslizou o polegar por seu lábio inferior, novamente acabando com o espaço entre ambos. Suas mãos suspenderam o tecido da camisa que Pran usava, o fazendo se arrepiar no mesmo instante. A sensação era inexplicável. Suas costas se arqueavam sem que percebesse, seu corpo tremia, suas mãos se moviam por vontade própria, e podia a todo momento ouvir seu coração bater alto e rápido, como nunca antes. Em algum momento deixou de sentir os lábios afobados sobre os seus para passar a sentí-los em seu pescoço. Em toda sua vida nunca havia sentido algo assim, sequer imaginado que era possível. Fechou os olhos com força, relutando contra a necessidade de se encolher e esconder os arrepios, mas era uma tarefa difícil. Arfou baixinho, entrelaçou os dedos em seus fios e respirou fundo, esperando ansiosamente pelos beijos que viriam, um mais intenso que o outro.

As mãos de Pat estavam prontas para se livrarem do incômodo que era a roupa do mais novo quando uma pequena luz iluminou o cômodo, chamando sua atenção. Afastou o rosto dali e a seguiu, a encontrando no celular de Pran.

ㅡ Alguém está te ligando... - falava ofegante, encarando o aparelho.

ㅡ Não importa... - o menor respondeu entre arfares, já que seu fôlego não fazia questão de ser recuperado. Afastou o celular de maneira atrapalhada, sem sequer tirar os olhos de Pat. Segurou seu rosto e o puxou de volta para si, mas antes que pudesse colar os lábios de volta nos seus, foi interrompido pelo maior, que embora sorrisse vitorioso, demonstrava certa preocupação.

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