Revelation Or No...

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Boa leitura ❤

Point of view Xiao Zhan

– Inocente. – Eu disse finalmente.

Assim que disse essas palavras, percebi que parte de mim sabia disso durante  este tempo todo. Não encarei o seu  olhar, em vez disso, olhei para os meus polegares girando. Eu não queria olhar para os seus olhos com medo da sua reação, com medo de estar errado.

– Acredita realmente nisso? – Ele perguntou, com a sua voz sussurrando. Assenti, sem mover o meu olhar do meu colo. – Olha para mim. – Yibo colocou os seus dedos debaixo do meu queixo, levantando-o lentamente. Seus olhos estavam tão brilhantes e com uma beleza linda, segurando uma essência de tranquilidade. – Tem razão. – Aquelas duas palavras foram ditas por ele num suspiro sem fôlego, como se um tremendo peso fosse retirado dos seus ombros.

Pude ver o seu alívio. Pude ver isso no seu crescente sorriso e nos seus olhos e pude ouvi-lo na sua voz grave. Ele estava dizendo a verdade. Mas essa verdade, apesar de ser recebida com grande alívio, trouxe inúmeras questões. Por que Yibo estaria preso neste lugar horrível? Yibo sabia quem fez aquilo? A Sra. Jude sabia que ele era inocente?

A nova descoberta perturbou a minha mente com constantes curiosidades, me levando a perguntar tudo e mais algumas coisas sobre este novo Yibo, que tem estado aqui desde sempre mas eu estava cego demais para ver.

– Acho que me deve uma história.

Point of view Wang Yibo

– Ok. – Assenti, inalando um pedaço de ar, me preparando para a complexa história que eu ia lhe contar.

01 de outubro de 2011 Mount Vernon

Por Deus, esse maldito telefone não para de tocar, minha cabeça explodiria em segundos, eu tinha certeza. Estava deitada de bruços como de costume, passei a mão em meus cabelos, jogando todas as mechas para trás, me inclinei até a cômoda que havia ao lado da cama e peguei o bendito celular que praticamente gritava.

– Alô – Minha voz saiu arrastada.

– Yibo, temos mais um – Dizia a voz grossa do outro lado.

– Mais um o que? – Disse impaciente –  São... – Me esforcei para olhar o relógio – 05h15min da manhã, se você não for mais explícito, as coisas vão se complicar.

– Mais um do seu favorito – Ao ouvir essa frase, meu corpo todo estremeceu, ficou em alerta e o sono pareceu ter sido arrancado de mim, em um instante.

– Você tem certeza? – Eu dizia com a voz trêmula

– Veio com a foto! – Foi o que ouvi por último antes de desligar o telefone e me arrumar para ir até a delegacia.

Era mais uma vítima. Já fazia meses desde a última vez e isso estava me deixando louco. Ainda não tinha ido a público, mas era oficial que tínhamos um serial killer entre nós. 

Entrei em meu Mercedes e joguei a bolsa no banco do passageiro. Liguei o rádio e toquei 30 Seconds, deixei-me levar pela música. A delegacia ficava a uns 20 km da minha casa. Eu ainda não estava acreditando que ele estava de volta, queria entender sua linha de raciocínio, queria saber o porquê fazia isso, por que matava apenas homens, por que os torturava... Eu apenas queria entender essa mente doentia.

Não demorei muito para chegar à delegacia, a essa hora da manhã as ruas de Miami eram um pouco vazias, passei o caminho todo ansioso para saber o que houve dessa vez e se o nosso assassino maníaco tinha deixado rastros facilitando meu ótimo trabalho. Passei pelas portas da delegacia e alguns dos policiais e o delegado aproximaram de mim tentando falar comigo sobre problemas aleatórios que haviam ocorrido.

WeckleniffeWhere stories live. Discover now