Capítulo 4 - Declarações e fogos de artifício

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Para alegria de Lee e Gaara, em breve em Konoha aconteceria o festival Hanami, que era a festa para celebrar a chegada da primavera. Todas as nações faziam o festival, mas naquele ano, pela primeira vez, tentariam unir todas, bem, ao menos aquelas que aceitaram como Sunagakure, Kirigakure e Takigakure (País das Cachoeiras). Como quase todo mundo adorava flores, o festival contaria com piqueniques, barracas de comidas e quinquilharias, e eventos para simplesmente apreciar a natureza. Aquela era uma boa época para admirar com facilidade a beleza das cerejeiras e ameixeiras e o festival se encerraria com uma bela explosão de fogos de artifício ao anoitecer.

Lee havia feito planejado aproveitar o festival com Gaara, se conseguisse passar um tempo ao lado dele, é claro. Esperava que o Sabaku não estivesse atolado em sua programação como Kazekage.

[...]

Em Suna, Gaara estava ansioso para o festival e Temari tentava manter o irmão focado em seus deveres. Depois que Gaara havia contado que estava apaixonado por Lee, os dois tiveram uma conversa franca. Temari ficou surpresa com o fato de Gaara gostar de homens, sabia que teriam problemas e não queria que o irmão sofresse nas mãos do Conselho ou que fosse ameaçado de alguma maneira. Por isso optaram por deixar essa informação em sigilo por enquanto, até mesmo de Kankuro pois sabiam que ele era mais protetor e até mesmo um pouco ciumento do irmão caçula.

Quando chegou o dia do festival, Gaara e seus dois irmãos foram para Konoha, e para sua surpresa o time Gai havia sido colocado como seus acompanhantes durante o tempo em que estivessem na vila. Para a surpresa de Gaara talvez, mas não para a de Temari que havia solicitado especificamente este time a Senhora Tsunade, alegando que, por terem feito missões anteriormente em Suna, o Kazekage confiava neles e os queria como guarda costas.

Ao se encontrarem no portão, Gaara precisou controlar o impulso de correr até Lee e abraçá-lo. Mas seu coração batia tão forte, que sentia que todos ao redor podiam ouvi-lo.

Lee também precisou controlar-se ao ver Gaara. Controlou a vontade de seu corpo de correr até ele, mas não conseguiu controlar o sorriso bobo e o olhar apaixonado. Olhar este que não passou despercebido por Neji.

Neji já havia notado o comportamento diferente de Lee e Gaara na última vez em que estiveram em Suna, além da euforia por parte de Lee quando souberam que seriam responsáveis pela comitiva do Kazekage. Uma euforia muito acima do comum, até mesmo para Lee. Mas Neji se recusava a acreditar. No fundo, o jovem Hyuuga sabia o que estava acontecendo, mas se recusava a enxergar.

Mas ali, nos portões de Konoha, Neji não tinha mais como ignorar. Pelo olhar de Lee, ele soube que ele estava apaixonado. E como Neji sabia disso? Por que reconhecia o olhar de um homem apaixonado. Era o mesmo olhar que ele mesmo lançava para Lee há anos.

A relação de Lee e Neji começou um pouco controversa, era verdade. No começo, Neji o desprezava, ou ao menos, fingia que desprezava. A verdade que o próprio Neji demorou a enxergar era que sentia-se atraído por Lee. Desde a primeira vez que o viu, ainda crianças, Lee com suas sobrancelhas grossas e aquela longa trança preta, treinando arduamente para se tornar um Shinobi. Neji admirou aquilo. Admirou a força e a coragem daquele pequeno garoto e continuou a admirá-lo secretamente por anos, até notar que na verdade, estava apaixonado por ele.

Neji demorou a admitir seus sentimentos. Precisou que um outro jovem ninja, Uzumaki Naruto lhe desse uma surra e lhe mostrasse que não era melhor ou pior que ninguém, para Neji começar a entender melhor os próprios sentimentos. Foi nessa época que entendeu que o desprezo que mostrava por Lee era apenas para encobrir a paixão que sentia por ele, e então, quando viu que não havia mais necessidade daquilo, se aproximou dele a ponto de virarem melhores amigos.

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