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Any Gabrielly

Assim que pego a sua coleira, Pipoca corre até mim alegre, ponho seu peitoral e saímos de casa.

Como todo bom cachorro, Pipoca fareja odores de urina e logo marca seu território. Assim que chegamos ao parque o solto para correr pela grama.

Me sento no banco próximo a onde o cão está e pego meu celular, respondo algumas mensagens dos meus amigos até que o cão se sente em minha frente.

— Já brincou o suficiente? – O questiono sobre o celular. — Meu deus Gabrielly, você está falando com o cachorro.— Vem, vamos voltar, meu pai já deve estar chegando.

No caminho ouço algumas coisas se quebrarem e procuro por onde o som vem, vejo que vem da casa dos Beauchamp's, mas Josh está sozinho.

Esse é o problema, ele está sozinho.

Pego Pipoca no colo e caminho pelo pequeno gramado da casa. Ouço mais coisas se quebrarem e êxito em bater na porta mas assim o faço, levo os nós do meu dedo a porta, batendo na madeira.

O som de coisas se quebrando para, ouço passos e logo a porta é destrancada. Quando a mesma abre vejo Josh com uma expressão furiosa, sua respiração está acelerada e os nós dos seus dedos estão feridos.

— Eu ouvi coisas se quebrando e achei que fossem ladrões. – Digo sem ter o que dizer.

— E acha que os ladrões abririam a porta pra você?

— É... eu...

— Desculpa... – O mesmo leva as mãos aos cabelos. — Recebi uma noticia não muito legal e estou descontando em você.

— Quer ajuda?

— A boa samaritana desceu em você?

— Quer saber, eu até tento ser legal mas você não colabora, por isso nos odiamos.

Me viro colocando Pipoca no chão chão mas Josh segura meu pulso.

— Desculpa, eu só estou estressado.

— Quer conversar? Dizem que se fizer boas ações, você vai pro céu.

Josh solta uma risada, me dando espaço para entrar. Assim que adentro a casa me assusto com a quantidade de cacos pelo carpete bege.

— Você é o tipo de pessoa que não se importa com coisas matérias...

— Minha mãe vai me matar quando voltar e notar que quebrei... algumas coisas dela.

— Algumas? – Questiono olhando ao redor. — Pegue uma vassoura e algo para colocarmos os cacos de vidro.

Coloco Pipoca sobre o sofá, deixando sua coleira ao seu lado. — Pipoca, senta. – O mesmo obedece ao comando e se senta.

Josh logo volta e começamos a arrumar a bagunça.

— Quer conversar?

— Pra você rir da minha cara?

— Eu não sou uma má pessoa Joshua.

— Bom, pra começar meus treinos foram cancelados, segundo, nos meus exames semanais deram que usei entorpecentes...

— Você usa drogas?

— Quê? Ta doida Gabrielly?! Óbvio que não. Armaram pra mim, eu saí com uns amigos alguns dias atrás e tinha uns caras novos, não me liguei na hora mas depois que recebi meus exames e quebrei a cabeça pra tentar descobrir o que de fato aconteceu me lembrei, eram um dos jogadores da universidade rival.

— Eles drogaram você?

— Olha, você sabe juntar os pontos!

— Josh eu...

Hurts so goodOnde histórias criam vida. Descubra agora