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Josh Beauchamp

Coloco a barraca desmontada no chão, enquanto Any coloca algo para por a barraca em cima.

— Por quê escolheu esse lugar? – A mesma questiona ao arrumar seu casaco.

— A vista é bonita e também é bem afastado da cidade.

— Quer me sequestrar?

— Se for pra você não sair mais de perto de mim, a ideia não parece tão ruim assim.

Any sorri, negando com a cabeça.

— Você é maluco.

— Por amor somos capazes de fazer as piores loucuras.

— Tem razão, por você eu faria a maior loucura do mundo.

Caminho até a mesma, seguro seu rosto, a fazendo me olhar. — Eu amo você, mais que tudo nessa vida inteira Any, digo isso de coração e mente aberta. Eu sou louco por você, sou um completo apaixonado, um cara fudidamente apaixonado por você.

— A declaração mais... difetente que já ouvi, eu amei.

— É sincera, do meu jeito tosco e inapropriado, mas é sincera.

— Eu te amo Josh.

— Eu te amo mais morena.

— Odeio como essa frase me afeta! – Exclama ao bater no braço me fazendo rir. — Vamos montar a barraca de uma vez, estou com frio.

Any se afasta, pegando uma parte da barraca e a erguendo, me junto a ela e montamos a barraca com uma pequena briga, que no final ela estava certa, só continuei pois queria encher seu saco, lembrar os velhos tempos.

Enquanto ajudava Any minha mente voltava para o acidente, eu vi tudo girando, tudo voando e eu só pensava nela, o sorriso dela, a risada dela.

Any invadiu minha mente desde que entrei naquele ônibus.

Então, quando o ônibus caiu, não fiquei com medo de morrer, fiquei com medo de deixá-la. Eu não conseguiria fazer isso. Pedi de olhos fechados que ficasse bem, pra ela.

— Josh! – Any me chama e percebo que me perdi em meus devaneios. — Você está bem?

— Melhor impossível.

— Então levanta essa parte da barraca.

Faço o que a mesma me pedi e Any finaliza colocando o ferro que faltava.

— Pronto. Só falta colocar o colchão e o cobertor.

— Eu pego. – Digo já saindo em disparada ao carro.

Pego o mesmo e o coloco dentro da barraca, Any arruma tudo com certa pressa por estar frio e assim que fecharmos a barraca, ela nos aquecerá.

Assim que coloco a cesta com as coisas dentro da barraca respiro fundo, levando a mão até o bolso.

Adentro a barraca vendo Any se cobrir com o cobertor, me aproximo da mesma e me sento ao seu lado, a trazendo para mais perto. Any abre a cesta e analiza o que tem dentro, quando acha algo que goste o pega, levando o alimento a boca e se encostando em mim.

De onde estamos conseguimos ver a cidade em miniatura, como se fosse um enorme projeto arquitetado, o horizonte está limpo, dando a lua, um espaço vago para se destacar.

— Está tudo tão... perfeito. – Any diz ao se aconchegar em meus braços.

— Ótimo. Fiz um bom trabalho. – Brinco, ouvindo sua risada.

Hurts so goodOnde histórias criam vida. Descubra agora