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Any Gabrielly

Entramos no carro e me aconchego no banco, o encaro com um sorriso no rosto, foi tão repentino que automáticamente Josh também sorrio.

— O quê foi?

— Você está me fazendo bem Josh.

— Você também... Anyelly.

— Vou deixar só porquê o The Lions ganhou. – Informo, o fazendo rir.

— Está com fome?

— Um pouco.

— Compramos algo para comer no caminho. – Avisa e assinto. — Eu preciso confessar uma coisa...

— Diga.

— Eu tava muito preocupado com o jogo de hoje, estava em parafusos quando você entrou no vestiário. Fiquei uns dez minutos pensando e duvidando de mim mesmo. A sua "visita" me ajudou a deixar todo o nervosismo de lado.

— Acho ótimo que como você tem um jeito de cuidar de mim, eu também possa fazer o mesmo por você.

— Quem vê a gente agora nem imagina o quanto você queria meu pescoço há dois meses atrás. – Lembra, soltando uma risada gostosa de ouvir.

— Pra você também é estanho? Perceber que já está próximo de alguma em tão pouco tempo?

— Posso ser sincero? – Questiona.

— Por favor.

— Eu estou tentando me acostumar que a gente... nós... – O mesmo tenta achar um significado para o que temos.

— Que nós estamos ficando?

— Se senti confortável com esse nome? – Questiona ao me olhar.

— Por que a pergunta?

— Não sei, talvez você se sentisse desconfortável ou constrangida com a palavra direcionada a nós. – O mesmo desvia seu olhar pra estrada.

— Se usa o nós, em relação a termos algo, ao se referir de nós dois, não me sinto desconfortável. Por muito tempo tive que pensar em mim, somente em mim e isso já tinha se tornado chato. Mas agora, falando abertamente com você, não me sinto desconfortável.

— Eu fico bem mais confortável discutindo isso com você.

— Eu também, mas é só rótulos, você se importa com isso? – Questiono simples.

— Claro que não, achei que você se sentisse desconfortável com o nós.

— O nós significa mais que um, um ajudando outro, um põe o outro pra cima. O nós não precisa ter um significado enorme. Só precisa ser... nós.

— Gostei.

Passamos no McDonald's e compramos um hambúrguer pra cada, não deveríamos comer isso mas é mais prático do que cozinhar algo.

[...]

Assim que Josh estaciona faço menção de sair do carro mas o mesmo segura meu braço. — Fica comigo um pouco, meus pais não estão e meu irmão foi viajar com os amigos.

Eu não consigo dizer não para aqueles olhos azuis, por mais que eu quisesse. Assinto e Josh sorri, e que maldito sorriso.

Saio do carro esperando que Josh abre a porta da sua casa, abraçando meu corpo com a comida em mãos, assim que Josh abre a mesma me apresso a entrar, deixando a comida sobre a mesa. Quando as luzes se acendem vejo Josh movimentar os ombros em círculos, ele deve estar cansado e exausto do jogo, deu tudo de si para ganharem.

Hurts so goodOnde histórias criam vida. Descubra agora