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A paixão aumenta em função dos obstáculos que se lhe opõem.

William Shakespeare

Quão idiota eu era? Como eu fui capaz de fazer isso comigo mesma? Por amor de alguém que não merecia nada meu, nem mesmo um abraço

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Quão idiota eu era? Como eu fui capaz de fazer isso comigo mesma? Por amor de alguém que não merecia nada meu, nem mesmo um abraço.

''Drogada e sentimental, quão idiota você é? Você nunca foi amada, seu próprio pai não te amou e foi capaz de te destruir. Tem alguma coisa errada com você... ''

Me levanta com dificuldade, sentindo muita dor, como se estivesse tendo um ataque cardíaco, mas eu sei que toda essa dor é por conta da ansiedade.

As vozes da minha cabeça não param de falar para mim que eu nunca fui amada e mereço a morte, e o pior é que eu estou começando a acreditar nela.

Começo a andar sem direção, sem deixar de chorar e me lembrar da minha infância e adolescência.

Um carro preto me ilumina com o farol alto, saindo dele um homem alto e forte, que não dá para ver o rosto, e tudo o que eu posso pedir é que ele seja um assassino e me mate de uma vez.

Mas logo percebo que é o Alexander, ele anda correndo até mim, me fazendo abraçar assim que ele se aproxima. Alexander me abraça apertado e solta um suspiro de alívio.

— Calma princesa, eu estou aqui... — sussurra no meu ouvido.

Escuto um trovão e em seguida começa a chover.

— Eu nã... não sei... se vou aguent... aguentar... tá doendo... muito — falo entre fungadas e com muita dor, tanto física quanto sentimental.

Alexander se afasta o suficiente para me olhar, ele afasta o meu cabelo do rosto e passa a mão na minha bochecha.

— Eu não sei o que aconteceu, minha linda, mas eu estou aqui e não vou a lugar nenhum, não vou sair do seu lado até você ficar bem. Você vai sair dessa Sara, você é incrível e vai passar por qualquer tempestade — ele deposita um beijo na minha testa, me fazendo fechar os olhos e me sentir amada e protegida, como nunca senti antes.

— Obrigada... Alex — sussurro sem forças.

— Sempre, minha princesa, sempre que precisar. Agora vamos entrar, eu não quero que você pegue um resfriado. — ele se afasta e me pega no colo.

Mesmo sabendo que eu posso andar, eu não falo nada. Eu apenas o abraço e me permito ser cuidada, pela primeira vez no dia.

Alexander abre a porta com dificuldade, mas não me solta até ele me colocar sentada no banco do carro, ele coloca o cinto de segurança e passa a mão no meu cabelo, depositando um beijo no mesmo.

— Vai ficar tudo bem, minha linda — sussurra.

Fecho os olhos e me permito acreditar nas suas palavras.

Sara Lougft - Uma Segunda Chance Para a VidaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora