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Permita a você uma segunda chance.

Não é porque você caiu, que você deve continuar no chão.

DESCONHECIDO.

Desespero, é a única palavra que consigo encontrar para descrever o que estou sentindo nas últimas horas, logo depois de o meu pai ter ido embora da casa do Alexandre, eu me encarreguei de me distrair, primeiro eu fui correr, depois eu e Alex para...

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Desespero, é a única palavra que consigo encontrar para descrever o que estou sentindo nas últimas horas, logo depois de o meu pai ter ido embora da casa do Alexandre, eu me encarreguei de me distrair, primeiro eu fui correr, depois eu e Alex paramos para tomar café da manhã e conversamos bastante, por fim, ele foi trabalhar e eu para minha casa, onde tomei um banho, fiz as unhas, hidratei o cabelo, limpei a casa, fiz uma lasanha, tomei um banho e fui tentar dormir, mas apenas fiquei rolando de um lado para o outro, onde já é duas da manhã.

A única solução que me vem para minha cabeça, para acabar com o meu sofrimento, é a palavra droga, o que não ajuda saber que a Kay não está em casa, já que ela foi para um jogo do Mike, que aconteceu em outra cidade e ela decidiu dormir em um motel, com medo de pegar a estrada a noite. Saber que eu não posso correr para o quarto dela e me acalmar no seu abraço, é desesperador. Sei que posso ligar para o Alex, mas a vergonha que estou sentindo, é maior do que tudo, nesse momento.

Estou com vergonha de mim mesma, do que estou sentindo...

Me levanto, sento na cama e respiro fundo, tentando controlar meus pensamentos. Minhas mãos estão tremendo, meu coração disparado, a boca seca e com gosto amargo, e o suor escorrendo pelo meu rosto. Me levanto e vou para o banheiro, me olho no espelho e me deparo com uma garota pálida, com olheiras e olhos fundos, brilhando dor e desespero,  a boca pálida e tremendo, o brilho de suor no seu rosto, revela o seu desespero e dor que sente, o suor frio e gélido. Com as mãos tremendo, eu faço um rabo de cavalo, tiro minhas roupas e coloco um moletom cinza, tênis de corrida e sai do apartamento, eu preciso focar em outra coisa.

Assim que saiu do prédio, me deparo com a imensa escuridão que me abraça, mas não tenho medo, eu apenas coloco o meu capuz e começo a correr.

Corro para esquecer da minha dor, derrotas, arrependimentos, vergonha, angústia e tudo de ruim que tem me rodeado. A verdade é que ser forte pode ser muito doloroso...

Quando não aguento mais, eu paro para descansar e me assusto no lugar onde me encontro, estou na parte perigosa da cidade, o prédio abandonado na esquina, da para notar a fogueira que os mendigos e drogados fizerem para se aquecer, traficantes na esquina vendendo para uma prostituta, que paga e sai já consumindo a droga, e é onde vejo ele... Kaique, o meu fornecedor de anos atrás e com isso as lembranças de como a droga sempre fez a dor ficar mais suportável e até mesmo, desaparecer.

Fecho os meus olhos e peço perdão para garota que estou prestes a decepcionar novamente

Ando em direção a ele, que assim que me nota sorri, mostrando o sorriso asqueroso e nojento de sempre.

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⏰ Last updated: Nov 23, 2022 ⏰

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Sara Lougft - Uma Segunda Chance Para a VidaWhere stories live. Discover now