Capítulo 4

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- Então, Regina, Vivian me disse que você tem um filho. Henrique, é isso?

- Henry, e sim, ele tem três anos.

- Ah, e o pai?

Com as sobrancelhas erguidas com o disparate, Regina nivelou o homem com um olhar penetrante.

- Nossa, Brice, você corta diretamente para as perguntas pessoais, não é mesmo?

Brice sorriu amplamente e longe de ser natural.

- Perdoe-me. Foi fora dos limites?

- Considerando que apenas acabamos de nos conhecer, eu certamente diria isso. - Ela colocou seu guardanapo em seu colo e deu um pequeno gole em sua água.

- Bem, talvez nós iremos nos conhecer muito melhor até o final da noite. - Brice respondeu suavemente e com uma sutil piscada que Regina assumiu que o pensamento do homem era encantador ou sedutor.

Brice tinha escolhido um restaurante cinco estrelas que Regina frequentava com seus pais e ela o achou demasiado previsível, dada a sua óbvia riqueza. Por que tantos homens assumem que todas as mulheres querem uma refeição cara, um vinho caro, um passeio em um carro caro? Iria matá-los se tentassem ter um pouco de originalidade?

Regina, como era de sua natureza, mantinha uma lista mental com pontos negativos em encontros. E, graças a pergunta excessivamente pessoal e comportamento sugestivo, o homem ganhou seu primeiro ponto contra antes mesmo que tivessem feito seus pedidos. Ele ganhou seu segundo ponto grave apenas segundos mais tarde, quando o garçom chegou para fazer seus pedidos.

Antes que ela pudesse abrir a boca para falar, Brice lançou um sorriso presunçoso e dirigiu-se para o garçom.

- Sim, obrigado. - Ele disse. - Vamos querer uma garrafa de seu melhor Cabernet Sauvignon para combinar com duas house sirloins, ambas médias raras, e a senhorita vai desfrutar de uma side salad enquanto eu irei...

Isso foi tudo o que Regina poderia aguentar. Como ele se atreve à falar por ela? Quinze minutos neste encontro e Brice já estava longe da escolha dela.

Ela estava longe de aprová-lo.

- Na verdade - Regina interrompeu. - Eu vou querer um copo de Chardonnay para acompanhar com um salmão assado na manteiga de limão. Eu gostaria também de vegetais temperados, e por favor, peça ao chef para aplicar levemente qualquer sal. Obrigada.

O garçom sorriu para ela e assentiu antes de sorrir vendo Brice, que estava olhando para Regina com seus lábios ligeiramente separados e sobrancelhas franzidas.

- Senhor? - O garçom perguntou.

- Oh bem, sim - Brice disse rapidamente, voltando a sua atenção. Fez o seu pedido e ofereceu à Regina um sorriso apertado. - Eu desconhecia o fato de você não comer carne vermelha. Peço desculpas.

- Ah, mas eu como carne vermelha, Brice. - Ela revelou com um sorriso igualmente forçado. - Eu simplesmente não estou com vontade hoje à noite. Você saberia se, ao menos, tivesse simplesmente perguntado.

Brice pigarreou e olhou ao redor do restaurante. Ele tomou um gole de água e estalou seus lábios. Foi claro para Regina que o homem tinha acabado de descobrir que ela era nem de longe o tipo de mulher que ele estava procurando.

Regina era dificilmente um troféu. Ela era como a maldita competição inteira, uma coisa complexa aonde vale a pena o desafio, e não era apenas uma recompensa estúpida. Suspirando, ela cruzou e descruzou suas pernas debaixo da mesa, evitando contato ocular com Brice. "Ótimo", ela pensou. Ela teria que ficar sentada através de todo esse, sem dúvida, esquisito e embaraçoso jantar, onde seria pouco provável alguma conversa ser estabelecida. Mas, talvez isso fosse uma bênção.

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