Capítulo 24

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 Quando Emma, Regina e Vivian voltaram para a sala de estar, elas acharam Cora posicionada na borda do sofá, assim como elas a deixaram. Emma pegou seu olhar, e elas sorriram uma para outra.

- Melhor? - Cora perguntou.

Emma apertou sua mão ao redor da mão de Regina. Era confortável, mas também viciante esse sentimento que ela tinha quando os dedos de Regina deslizavam em seus próprios e seus olhares se encontravam, quando elas riam juntas, quando a respiração de Regina sussurrava em seus lábios, e quando seus corpos moldavam em um suave abraço. Era como acordar e dormir ao mesmo tempo, uma agitação nebulosa que de alguma forma conseguia tanto suavizar e sacudir, anestesiar e ainda ser repleta de sensação. Era poderosa e violenta, e era algo que Emma não poderia mesmo começar a compreender ainda, mas já apreciava.

- Sim - ela respirou. - Obrigada.

Cora lambeu os lábios como se fosse preparar para um longo discurso.

- Emma, eu não vou pedir desculpas por ser cautelosa ou até mesmo curiosa. Eu sei que às vezes eu posso ser invasiva, e eu estou mais do que ciente de que muito do que eu pergunto realmente não me diz respeito. Como tal, você está sempre livre para não responder, no entanto, suponho que você irá fazê-lo, independentemente, porque você se preocupa que eu rejeite você.

- Bem, eu d... - Cora acenou uma mão para parar outra vez. Emma fixou sua boca fechada e assentiu, deixando ela continuar.

- É verdade que eu possa formar opiniões particulares sobre quem a minha filha escolhe para se envolver.

Vivian bufou e os lábios de Regina inclinaram-se quando Cora revirou os olhos para as suas e levantou sua voz apenas um pouco.

- No final do dia, embora, tudo que eu realmente quero para Regina é que ela seja feliz e que esteja com alguém que a faz realmente feliz. Seu pai e eu sempre dissemos muito isso a ela.

Emma sorriu para a suave tonalidade rosa das bochechas de Regina e a forma como os olhos iluminaram com carinho quando Regina olhou para sua mãe. Os próprios olhos de Emma marejaram com lágrimas. Isso a fez ver algo novo em primeira mão, literalmente era capaz de se sentir o amor que irradiava entre Regina e sua mãe. Nunca soube como era esse tipo de amor, mas estava feliz que Regina sim. A picada de seus dentes penetrante em sua língua mantinha qualquer lágrima de cair enquanto ela apertava a mão de Regina e riu suavemente quando Regina zombou:

- Mãe, é apenas o nosso primeiro encontro. Pare de agir como se ela tivesse pedido a sua permissão para se casar comigo.

- Nunca se sabe. - Cora se virou para Emma. - Eu, no entanto, peço desculpas se eu trouxe memórias dolorosas para você, Emma. Esse certamente não era o meu objetivo. Estou apenas tentando chegar a conhecê-la um pouco melhor, e eu não gosto de beirar em torno de assuntos melindrosos.

Emma assentiu.

- Sim, eu entendo. Quero dizer, é um pouco invasiva, sim, mas eu honestamente não tenho nada mais do que respeito pelo quanto obviamente você ama Regina. Eu nunca tive nada disso, por isso é muito bom ver que ela tem.

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