Capítulo 09

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De repente, o jantar pareceu breve demais. Foi com um pressentimento ruim que Izuna deu boa-noite à Madara e aos alfas de Tobirama. Enquanto os dois subiam juntos a escadaria, Izuna sentiu que a tensão não declarada entre eles alcançava novos níveis.

- Eu pedi para Izumi preparar um quarto para você

- ele disse ao homem, parando à porta de seu quarto. - Fica no fim do corredor.

Ele meneou a cabeça.

- Nós vamos ficar no mesmo quarto, meu jovem. Ele abriu a porta e entrou, totalmente à vontade.


- De onde eu sou, a maioria dos casados não dorme no mesmo quarto - o garoto disse.

- Bem, agora você está na França - Ele atirou a bota no canto. Ela caiubproduzindo um baque. - E aqui, nós dormimos. Se você acha que eu sofri lendo aquele maldito poema só para me separar de você diante da porta, está muito enganado. Ele tirou a outra bota e começou a tirar o restante da roupa.

Izuna não pôde evitar de ficar olhando. Ele se perguntou se o homem fazia alguma ideia de como estava atraente naquele instante, fazendo algo tão cotidiano como se preparar para deitar. Cada movimento dele o fascinava.

Ele puxou a camisa pela cabeça e a jogou no chão. Os músculos dos ombros e das costas dele apareceram definidos com perfeição pela luz da lareira. Tobirama caminhou até o lavatório e despejou água na bacia, então começou a lavar o rosto e a esfregar o pescoço e o tronco com um pano molhado. Quando se deitasse com o jovem na cama, e o puxasse para perto, Izuna poderia sentir o cheiro daquele sabão. Sabão e pele limpa de alfa.

Ele se chacoalhou.

- Você precisa mesmo que seus alfas acreditem nisso, não é? No nosso casamento.

Ele enxaguou o rosto e então passou as mãos molhadas pelo cabelo.

- Eles sofreram um bocado, marchando de um lugar infernal para outro, para então voltar para casa e descobrir que não tinham mais casa nenhuma. Eu não quero que eles se preocupem com a ideia de que poderão ser obrigados a ir embora daqui.

Como sempre, Izuna achou a dedicação dele aos Alfas perturbadora, de tão comovente, mas ele não podia deixar que isso o distraísse do assunto principal.

- Você - ele disse - é um completo hipócrita.

Ele respondeu enquanto escovava os dentes. A voz saiu abafada.

- Por que você acha isso?

- Você mantém uma espada sobre a minha cabeça por eu ter dito uma mentira quando tinha 16 anos. Mas você também enganou os alfas ao seu redor, durante o mesmo período de tempo.

Depois de enxaguar a boca, o homem se virou para ele.

- Eu não menti. Eu apenas...

- Não quis contrariar uma suposição enganosa - ele completou a frase. - É a mesma coisa, Tobirama. Mentira por omissão, uma falsidade completa. Você deixou que esses homens acreditassem que nós tínhamos um relacionamento e agora está tão dedicado a manter essa mentira quanto eu. Sabe o que eu penso? Que você só faz barulho. Eu poderia me recusar a cooperar, expulsar vocês do castelo, e você nunca levaria essas cartas aos jornais de fofocas.


- Seria um erro me subestimar - a voz dele ficou sombria.

- Ah, eu não vou subestimá-lo. Eu consigo ver como seu orgulho é importante para você. O quanto a devoção desses alfas significa para você.

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