[ABO/ ômegaverse]
Izuna possui muitas habilidades preciosas: é um excelente desenhista, escreve cartas como ninguém e tem uma criatividade fora do comum. Mas se tem algo em que ele nunca consegue obter sucesso - por mais que tente - é em se sentir c...
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Tobirama se afastou da fogueira com passos longos e decididos. Mas ele não conseguiu se afastar rápido o bastante.
— Tobirama, espere!
Ele não diminuiu o passo. Ele não podia falar com Izuna. Não naquele instante, depois de vê-lo embalando aquele bebê em seus braços e dançando com Kakashi.
Depois de sentir o corpo dele contra o seu, mesmo que por um breve instante. IZzuna tinha feito suas escolhas e ele também. Tobirama conseguiria suportar a partida dele no dia seguinte. Mas se Izuna se aproximasse dele nessa noite, com certeza ele o puxaria para si e faria algo de que os dois se arrependeriam.
— Volte para a fogueira — ele disse. — Está escuro demais. Não tem luz no castelo para você se orientar. Vai tropeçar. Pode pisar num atoleiro.
— Na tréig mi.
As palavras o fizeram parar no mesmo instante. O coração dele também parou por um momento.
— Está entendendo gaélico, agora... — ele disse, mantendo a voz calma.
— Estou entendendo você, agora. Finalmente.
Que diabos aquilo queria dizer? Ele o alcançou. Pelo que Tobirama podia ver sob a luz prateada da lua, Izuna parecia bravo. Ótimo! Seria mais seguro assim.
— Você mentiu para mim, Tobirama.
— Eu não menti para você.
— Você me deixou continuar com uma suposição falsa. O luckenbooth. Você não o fez para outro ômega, fez?
— De novo isso? Eu já lhe disse, ele não significa nada para mim. Não mais.
— Isso, por outro lado, é uma mentira. — Ele se aproximou. — O bebê que eu estava segurando perto da fogueira tinha um luckenbooth prendendo o cobertor. Kakashi me explicou tudo. O S.T naquele broche não é você, certo? Essas são as iniciais do seu pai. Você recebeu o nome dele. E U.M... Oh, Tobirama.
Sua mãe. Qual era o nome dela?
Ele exalou devagar.
— Eu não sei direito. Eu era novo demais para me lembrar.
— Eu sinto tanto. Por que você não me contou a verdade? Eu teria orgulho em usar se soubesse. Você se divertiu me deixando com ciúme?
Ciúme. A palavra não fazia sentido para ele.
— Por que diabos você ficaria com ciúme?
— Porque — Izuna exclamou, jogando as mãos para cima —, eu pensei que algum jovem escoces lindo tinha roubado e partido seu coração. É óbvio que o ciúme me comeu vivo. Eu queria seu coração para mim.
