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Capítulo Vinte e sete

Tobirama não gostava de ociosidade

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Tobirama não gostava de ociosidade. Fazia uma semana que Izuna tinha partido com o Sra. Terumi e ele já estava quase enlouquecendo de tédio. E, é claro, sentindo muita falta do esposo. Ele não sabia como fazer para sobreviver a
seis meses daquela forma. Pelo menos os alfas pareciam perceber que ele precisava de companhia. Foi como nos velhos tempos de campanha. Eles se sentaram ao redor da lareira à noite, bebendo uísque e falando dos amores perdidos e do futuro de suas vidas.

Tobirama levou a mão ao bolso e tocou o canto de um papel dobrado. Ele o encontrou enfiado em sua bolsa na noite em que Izuna partiu com o Sra. Terumi. A mera visão de um papel com a caligrafia dele fez sua cabeça reviver certas lembranças. Seu coração deu um salto familiar. Seria aquilo mais uma carta? Ele desdobrou o papel e encontrou algo muito melhor. Um desenho. Aquele gatinho
maroto. Ele não abria o desenho quando estava na companhia dos outros, mas estava sempre com ele. O esboço em carvão parecia quente como uma brasa no
bolso do seu colete, ameaçando queimar o tecido do forro.

Ele destampou a garrava de uísque para servir mais um copo. Então pensou melhor e pôs a garrafa de lado. Depois de coçar o queixo, ele decidiu que deveria tomar banho e se barbear. Se ele não tomasse cuidado, quando Izuna
voltasse encontraria um bêbado maluco com barba de um metro de comprimento. Izuna iria voltar para ele. Tobirama tinha que acreditar nisso ou enlouqueceria.

De repente, Obito ficou agitado.

- O que é isso? O que aconteceu?

Tobirama pensou se deveria pronunciar sua ladainha habitual para tranquilizá-lo: estamos na França, a guerra acabou, vamos para casa amanhã, etc. Mas então ele pensou melhor. Em vez disso tudo, ele pôs a mão no ombro do amigo.

- Você sofreu um ferimento, mo charaid. Isso atrapalhou sua memória. Nós voltamos da guerra a salvo. Sua família não teve a mesma sorte. Mas eu estou aqui e sempre vou lhe dizer a verdade. Pergunte-me o que quiser. Mas Obito o surpreendeu.

- Eu sei onde estamos, capitão. E estou começando a encaixar as peças do restante. Eu só queria fazer uma pergunta. Onde está Izuna?

Ninguém conseguiu responder. Se os outros se sentiam como Tobirama, estariam se perguntando se ouviram direito.

- Onde está Izuna? - ele repetiu.

- Ele... bem, ele foi viajar.

- Viajar? Por que ele faria uma coisa dessas?

- Eu falei para ele ir. - Tobirama coçou o rosto. - Eu o mandei para as Bermudas para desenhar criaturas marinhas com um naturalista.

Obito ficou quieto por um instante e então falou as palavras que todos - inclusive Obito - pareciam estar pensando:

- Seu vagabundo estúpido.

Tobirama ergueu as mãos em um gesto de autodefesa.

- O que mais eu poderia fazer? Izuna tem talento. E sonhos. Eu não quero atrapalhá-lo. Ele vai voltar.

O Noivo Do CapitãoOnde histórias criam vida. Descubra agora