Capitulo 33

452 23 22
                                    

BRUNO POV

O bar tava um fervo, a nossa mesa sem dúvidas era a mais animada, eu bebia e curtia tanto que já não estava mais em mim. A noite foi regada de muita cerveja, vodka, vinho e muitos papos aleatórios sobre a vida e o time, de vez em quando uma provocada de um lado e de outro mas nada que seja exatamente um problema, com o passar das horas eu percebia que já não estava mais em mim, o álcool tava fazendo efeito no meu sangue e eu só sabia rir de tão bebado que eu tava. O leal também estava chumbado mas ainda assim estava melhor do que eu, a única certeza que eu tinha é que amanhã eu acordaria com uma bela de ressaca.

Leal- já tá tarde gente, tá na hora de ir pra casa

Golini- pô leal, amanhã eu não tenho treino e nem aula, me deixar me divertir

Bruno- isso aí leal, deixa a galera do enem ficar de boa (todos gargalham e ele fecha a cara)

Nimir- o leal tem razão gente, olha a hora. Temos que ir pra casa (fingo que não escuto e continuo a beber)

Leal- cara, o bar não vai sair do lugar e nem muito menos fechar. Tá querendo beber o mundo hoje sendo que amanhã você vai se arrepender disso porque?

Nimir- exatamente, você vai agradecer a gente por isso.

Bruno- curte a vibe galera, A GENTE GANHOU PORRA (gritei e o resto da galera gritou de volta comemorando)

Leal- um jogo, não o a liga italiana (fala óbvio)

Bruno- no nível que tá o time, isso já é uma vitória do caralho (falo embolado e o leal ri)

Continuamos a beber e a zoar uns com os outros, eu tava tranquilo demais tinha me dedicado a essa noite pra beber como nunca e estava fazendo isso com maestria. Do nada eu vejo o leal se levantando da mesa, ele estava com o celular no ouvido e dizia sair pra poder escutar melhor a conversa, não demora muito e ele volta pra mesa pálido, parecia que tinha visto um fantasma e eu espero a bomba sair da sua boca, certeza que tínhamos sido pegos pela Cátia e amanhã teria advertência pra todo o time.

Bruno- que isso cara, viu um fantasma?

Leal- eu? Eu não vi nada. Já você, você tá fudido Bruno. (Fala agoniado)

Bruno- tá falando da Cátia? Relaxa cara, eu vou explicar tudinho pra ela e ela vai ficar de boa (dou de ombros e bebo mais um gole)

Leal- NÃO BRUNO, A BELA TÁ NO HOSPITAL

Quando ele fala essas palavras eu sinto uma pontada no meu peito, sabe aqueles lapsos de sobriedade que você tinha quando era adolescente e seus pais apareciam do nada e você tinha que se comportar para que eles não desconfiassem da sua bebedeira? Acabei de sentir isso novamente. Eu travo, não sabia o que fazer só sentia culpa no mesmo instantes, olho para aquela mesa e todos me olhavam curiosos.

Bruno- preciso ir pra casa agora (falo pegando minhas chaves e indo em direção ao estacionamento)

Nimir- eiii, Bruno. Não cara, você tá bebado se dirigir assim vai ter um acidente ainda mais grave

Bruno- não Nimir, minha filha tá no hospital cara você tem noção do que é isso? Eu preciso apoiar ela.

Nimir- Você ainda nem sabe da história toda, saiu de lá sem deixar o leal explicar nada. Não adianta toda essa afobação agora!

Leal- cara, você é málico (fala correndo e nos encontrando)

Bruno- que demora sua (falo irritado)

Leal- tava pagando a nossa parte ne Bruno (bufo) já chamaram um Uber?

Nimir- vou fazer isso agora. (Se afasta)

De repente, nós!Where stories live. Discover now