✦ - 003

361 21 105
                                    

Enrolados.
— 冨岡義勇

Já haviam passado aproximadamente mais dois episódios do que assistiam e Shinobu estava entediada novamente, Tomioka sabia pois a garota permanecia inquieta. Hora estava deitada, hora estava sentava, hora estava de coberta e hora estava sem ela, batucava as pontas dos dedos no estofado do sofá e fazia sons estranhos com a boca. Ele somente fingia não estar vendo, na esperança dela se acalmar, entretanto, não parece ter dado certo.

— Tomioka-san. — chamou, se sentando e espreguicando os braços.

— Hm.

— Tô com sede.

— A água fica na cozinha.

— Pega pra mim.

— Pega você. — falou, encerrando a discussão e voltando a atenção para a televisão.

Shinobu se levantou a contragosto e foi até o outro cômodo pegar o copo de água que estava querendo. Por sorte, Giyu havia deixado uma garrafa fora da geladeira, porém, não fazia ideia de onde estavam os copos. 

— Onde ficam os copos? — perguntou, chegando o rosto na entrada da sala.

— No armário.

— Qual parte?

— A de cima.

— Tomioka-san! — bateu o pé no chão — Suas respostas curtas são odiosas!

— Você bate tanto o pé que meus vizinhos vão reclamar daqui a pouco. — ignorou o comentário anterior e se levantou.

Subitamente, havia sentido sede também. Provavelmente porque Shinobu o fazia se sentir cansado. Foi até o armário, retirou dois copos lisos de vidro e os colocou sobre a bancada, encheu um deles e saiu com ele para a sala, enquanto Kocho somente observava.

— Então responde direito, assim eu paro de bater o pé e todo mundo fica feliz. — respondeu, seguindo-o.

— Eu não fico, vou precisar falar demais e vou ficar com sede. — tomou um gole de água.

— É só ir na cozinha e buscar um pouco de água… que nem agora.

— Não vai tomar a sua? — sentou no sofá e colocou o copo em cima da mesinha de centro.

— Vou!

Observou, de canto de olho, enquanto a garota fechava a cara em um bico e, de braços cruzados, voltava para dentro da cozinha. Poucos segundos depois, ela estava na sala novamente, indo sentar-se ao lado dele com o copo de vidro na mão. Deixou ele em cima da mesinha de centro para tirar a blusa de frio creme e grossa que vestia por cima de outra blusa branca de manga comprida e gola alta, as duas eram feitas de lã. Provavelmente se sentiu quente graças ao aquecedor, mas não o suficiente para dispensar a coberta. Quando terminou de tomar o líquido, voltou com o copo para o mesmo lugar e se deitou com os pés em cima das coxas de Tomioka outra vez.

Ficou desse modo por alguns minutos, pouco menos de dez, e, quando Giyu começou a achar que teria paz novamente, se inquietou de novo. Ficou de bruços e depois de barriga para cima outra vez, catou o celular que jogou no meio do tecido felpudo e entrou em algum aplicativo que fazia um barulho insuportável de aspirador de pó. Ela mantinha o celular na horizontal e o virava para lá e para cá freneticamente, como quem conduz algo.

Em determinado momento, o rapaz ao seu lado se indignou com o barulho detestável que saía do aparelho e a fuzilou com o olhar. Shinobu parecia ter colocado o volume no máximo somente para incomodá-lo, e ele sabia que isso era algo que ela, definitivamente, faria.

Feliz aniversário, Tomioka-san! | GiyushinoWhere stories live. Discover now